DE ROSCA. Concessão do Kartódromo adiada. De novo!

Sucessivos adiamentos e troca de gestor da licitação coloca projeto em dúvida. Atual gestor aciona a justiça

Marcada para ser concluída no dia 22 de maio, a concessão do Kartódromo do Guará foi novamente adiada para o dia 29 de maio. O terceiro adiamento foi publicado no Diário Oficial do DF com a justificativa de “implicar alterações na reformulação da proposta, ou o cumprimento de novas exigências”. Essa, aliás, é a mesma explicação dada pelo governo para os dois primeiros adiamentos – inicialmente, a licitação deveria ter acontecido no início de abril, depois adiada para o final de abril e na segunda vez para o dia 22 de maio.
Outro fato que chama a atenção e coloca em dúvidas a conclusão do processo foi a mudança do órgão responsável pela concessão, que antes era coordenada pela Secretaria de Parcerias Público-Privadas da Secretaria de Fazenda e passou para a Secretaria de Projetos Estratégicos, ligada diretamente ao gabinete do governador Rodrigo Rollemberg. Com isso, mudou também o gestor e mentor do projeto, que era tocado por Rossini Dias, e passou a ser de responsabilidade de Daniel Vicente Evalt. Essa mudança de responsabilidade, que implicaria em ajustamentos da burocracia interna do novo órgão responsável, teria sido o motivo para o novo adiamento.

Resistências e
ação na justiça
A concessão do kartódromo à iniciativa privada, que inicialmente foi pensada como uma Parceria Público-Privada (PPP), sofreu resistências de algumas lideranças comunitárias desde a audiência pública realizada na Administração Regional do Guará, no ano passado. Desde então, a intenção do governo vem sendo bombardeada nos grupos sociais por aqueles que são contra a privatização do maior espaço de lazer da cidade.
Um dos principais críticos do projeto é o presidente do Guará Motor Clube, José Argenta, que administra o kartódromo Ayrton Sena há 15 anos. Além de argumentar que cerca de 300 empregados correm o risco de ficar desempregados com a concessão, Argenta entrou na Justiça contra o projeto, alegando várias irregularidades, entres elas o aumento da área a ser concedida à iniciativa privada, segundo ele, para atender aos interesses de um determinado grupo considerado como o virtual vencedor da licitação.