Sem que fossem avisadas, as 150 empresas do Edifício Consei, o principal centro empresarial do Guará, tiveram o acesso principal ao estacionamento interrompido por uma obra de um edifício no Centro Comunal II. A empreiteira incluiu a pista que liga a via entre as QEs 19 e 34 ao Consei em seu canteiro de obras, restringindo o acesso dos veículos à uma entrada lateral, de terra.
A obstrução repentina da pista provocou indignação nos empresários e nos usuários dos serviços do edifício, principalmente em dias de chuvas, quando são obrigados a estacionar na parte de terra. Os prejuízos calculados pelas empresas diretamente afetadas chegam em média a 20%, como é o caso da Papoula Boutique, localizada bem frente à via interrompida. “Clientes tem reclamado que deixam de vir à loja porque não conseguem estacionar”, afirma a proprietária Magda Andrade. As lojas de três redes de farmácia localizadas no térreo do edifício também calculam as perdas entre 20% e 30%. O maior prejudicado é o Cartório de Registro de Imóveis, responsável por cerca de 30% de todo o movimento de pessoas no Edifício Consei.
Depois de reclamar à Administração Regional e aguardar uma solução desde o início de janeiro, quando o canteiro de obras da empreiteira foi instalado, o síndico do Consei, Luiz Cláudio de Oliveira Castro, cogita recorrer à Justiça em busca de uma liminar para liberar a via. Proprietário de uma das mais antigas empresas sediadas no Consei, o engenheiro Mauro Manso Marinho garante que o mapa do Centro Comunal II não prevê a inclusão da pista ao lote cercado. “O que estão fazendo é uma ilegalidade que está prejudicando muita gente”, critica.
Em busca de alternativa
Como a obra do edifício de 13 andares deve demorar no mínimo 2 anos para ser concluída, a Administração Regional do Guará tenta intermediar uma solução que não prejudique as mais de 150 empresas do Consei por tanto tempo. “Embora a autorização concedida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação seja legal, vamos negociar uma alternativa para reaver, reabrir o acesso”, afirma o administrador regional do Guará, Artur Nogueira, que será acompanhado na reunião por representantes das empresas do Edifício Consei. Uma das sugestões, segundo ele, é abrir uma outra pista paralela ao canteiro de obras, até que a construção seja concluída.
