O CONTRABANDO

Encontrei com o Portuga e ele resolveu contar um caso verídico que aconteceu com uma prima dele lá no Aeroporto JK durante a passagem pela fiscalização quando chegava de Paris.
Diz ele que quando surgiram as primeiras calcinhas de nylon, o governo brasileiro proibiu a importação do produto, mas as mulheres aproveitavam as viagens ao exterior pra trazer algumas.
Após a aterrizagem, os fiscais faziam uma vistoria das malas, principalmente de mulheres. Nesse dia a prima do portuga estava na fila da revista e observava tudo o que se passava, pois a primeira passageira que teve a mala vistoriada foi acusada de contrabando por trazer cinco calcinhas de nylon.
Mas a mulher argumentou que era de uso pessoal, eram cinco, uma pra cada dia da semana e nos finais de semana ia a praia, portanto não precisava de calcinhas pois usava maiô ou biquíni, então foi prontamente liberada.
A segunda tinha sete calcinhas, alegou que como não frequentava a praia em finais de semana, tinha uma pra cada dia da semana inclusive no sábado e domingo.
Foi também liberada, sem problemas.
A seguinte era a prima do Portuga, abriram a mala e encontraram 12 calcinhas, foi presa imediatamente por contrabando.
Ela alegou que era pra uso pessoal, pois apesar da quantidade e ela só precisar de sete, um para cada dia da semana, ela insistiu que eram de uso pessoal e explicou: – Não “sinhoire”, estas muito enganado, são de uso pessoal, pois uso uma em Janeiro, outra em Fevereiro, outra em Março e assim por diante.
Foi uma gargalhada geral.