IRMÃO,AMIGO E CAMARADA

Nessa semana o Guará ficou mais pobre e triste, principalmente os que tiveram a honra e o prazer do convívio com o nosso valoroso amigo e companheiro de lutas por essa cidade que tanto amamos, o grande cidadão Sidrônio.
Uma lacuna que dificilmente será preenchida, mas teremos sempre em nosso pensamento a lembrança dessa figura ímpar, que sempre nos acompanhou nessa jornada por um Guará melhor.
As vezes demora a cair a ficha, mas quando nos deparamos com a morte de alguém nosso, na lembrança bate algum arrependimento e tristeza, isso não tem como evitar por mais preparado que esteja.
Não conheço nada mais estranho e de difícil compreensão que o ser humano. Depois que nascemos, em vez de festejar cada dia que passamos sobre a terra, a nossa preocupação maior passa a ser a morte e isso nos acompanhará pelo resto da nossa vida.
Então nossa rotina passa a ser brigar com os vivos e chorar e levar flores aos que morrem, numa contradição constante e imbecil.
Não raro nos deparamos com vivos jogados na sarjeta, mas com preses nos despedimos pedindo um bom lugar para os mortos.
Nos afastamos tantas vezes dos vivos, esquecemos de conversar com os presentes, mas na morte não faltam desculpas e falsas homenagens.
Já notou que nunca temos tempo para fazer uma visita aos vivos, mas temos todo o tempo do mundo para irmos ao velório, estranho não é?
Vivemos nessa constante preocupação, não ligamos, não abraçamos, pois aos nossos olhos, sempre cegos, o valor do ser humano está na morte e nunca na sua vida.
Que tal passarmos a repensar isso? A vida é uma celebração constante.