Conseg é o fórum da segurança

As reuniões mensais são oportunidades para fazer cobranças e ouvir o que o governo tem feito para melhorar a segurança da cidade

O que nem todos moradores sabem, ou sabem e não seinteressam em participar, é que existe um órgão na cidade que tem o objetivo deouvir e intermediar reclamações e soluções para a segurança pública. Integradopelo administrador regional e representantes dos órgãos de segurança pública, o

Conseg (Conselho Comunitário de Segurança do Guará) se reuneuma vez por mês, e a reunião é aberta a qualquer interessado.

aNa reunião desta quinta-feira,   21 de setembro (quinta-feira) no auditórioda Administração Regional do Guará, participaram o Major Vieira, comandante do4º Batalhão da Polícia Militar, Johnson Kennedy, delegado-chefe da 4ª Delegaciade Polícia, Major Quincoses, do 13°GBM, sargento Wilames, do Batalhão Escolar, Yara Galdine, representante doDetran, Gisele Lemes, da Agefis, além do administrador regional do Guará AndréBrandão, o presidente do Conseg, Antônio Sena, e Wladimir Ponciano, diretor daSecretaria de Segurança Pública e Paz Social junto aos Consegs.

No início do encontro, cada autoridade componente da mesaapresentou para a comunidade ações efetivas que, postas em prática,solucionariam alguns dos problemas relatados em reuniões anteriores. O Batalhãoda Polícia Militar, através do seu comandante Major Vieira fez um balanço dasações táticas do último mês, principalmente a operação “A praça é Nossa”, queconsiste em dar uma atenção especial às praças da cidade, muito frequentadospor usuários e traficantes de drogas. “Nossa tolerância é zero, e vamospersistir nessa ação em prol de inibir usuários e traficantes de drogas nacidade”, pontua o Major Vieira, da PM.

Registro necessário

Tanto o delegado Johnson Kennedy quanto o presidente doConseg, Antônio Sena, destacaram a importância da vítima fazer o Boletim deOcorrência na delegacia. Atualmente, em 12 cidades administrativas a violênciatem sido combatida com mais intensidade, devido ao levantamento oficial, e oGuará não está incluso nessas cidades consideradas violentas. Na opinião dopresidente do Conseg, “algo está errado, pois segundo uma pesquisa, nossacidade é a número 1 em sensação de insegurança”, avalia. Ou seja, oficialmenteo Guará não é uma cidade onde ocorrem muitos crimes (baixo número de boletinsde ocorrência), mas na prática, a população não se sente segura. Por isso, aimportância do registro dos crimes, para que sejam tratados especificamente e apopulação se sinta segura.

Após as autoridades relatarem suas atividades, os moradorespresentes na reunião puderam fazer novas requisições ou cobrar aquelas queainda não foram atendidas. Carlos Emílio Sprogis, morador do Park Sul,solicitou uma atenção especial do Detran para um trecho próximo ao setor, onde,segundo ele, todos os dias acontece um acidente. Quiosques muito próximos aoretorno da EPIA dificultam a visão dos motoristas. O Detran ficou de analisar ocaso.

O líder comunitário José Gurgel destacou a importância daintegração entre a Polícia Militar e Polícia Civil no combate aos crimes nacidade, mas para ele a pesquisa que aponta o Guará como número 1 em sensação deinsegurança dos moradores não é verídica. Ele alertou as autoridades sobre aproliferação de construções ilegais nas “pontas” das quadras e cobroufiscalização. Outra questão levantada pelo morador é que a população aumenta acada dia, e não se ouve falar em aumento do efetivo de policiais.

O professor Klecius Oliveira comemorou os avanços em relaçãoà desocupação do Parque Ecológico Ezechias Heringer, e pediu que o parque seja completamente cercado para que novas invasõesnão aconteçam, porque muitos alambrados estão quebrados ou arrancados. “Nossoparque é ecológico e não vivencial, ele deve ser protegido e não explorado.Aquele parque é para nos dar mais vida, mais ar, mais oxigênio”, opinou.

Ludmila Leite, moradora daQE 28, denunciou um quiosque da quadra que instalou uma lixeira chumbada aochão no beco entre conjuntos. A lixeira fixa, segundo ela, atrapalha a passagemdos pedestres e carrinhos de bebês, e por estar fixada ao chão, o caminhão de lixonão consegue recolher passar, deixando o mau cheiro constante na quadra.Ludmila pediu à Administração uma providência para o problema. Tânia Costa,prefeita da Colônia Agrícola Águas Claras (Guará Park) pediu ao Major Vieira que intensifique as rondas na área,“pois o tráfico de drogas tem deixado os moradores preocupados. E aoAdministrador André Brandão que a passarela do setor seja reformada, pois estábem deteriorada”.