Por Caio Barbieri e Manoela Alcântara, do Metrópoles
O grupo de Rogério Rosso (PSD) e Cristovam Buarque (PPS) vai esperar um pouco mais para decidir qual nome disputará o Palácio do Buriti, em outubro, com o apoio de 12 partidos. Eles iniciaram uma reunião na casa do senador, na manhã desta sexta-feira (11 de maio), na Asa Norte, para tentar chegar a um consenso, mas optaram por ampliar o debate.
“A Rede, o PPL e o PDT entraram em contato conosco e pediram para opinar. Eles não querem mudar os três nomes que temos, mas desejam participar do processo. Além disso, vamos ouvir algumas lideranças”, explicou Cristovam.
Rogério Rosso afirmou que o grupo está unido em prol de Brasília e que vai chegar a um acordo em breve a fim de “melhorar Brasília”. “Precisamos mudar a situação de abandono que o DF vive hoje, principalmente em quatro áreas essenciais: saúde, segurança pública, educação e a questão de geração de emprego e renda”, disse.
A aliança, hoje formada por PSD, PTB, PSDB, PRB, PPS, PMB, PSDC, PSC, Patriota, PPL, PHS e PSL, vai decidir entre três possibilidades de pré-candidatura ao Palácio do Buriti: Alírio Neto (PTB), Izalci Lucas (PSDB) e Wanderley Tavares (PRB).
Apesar de ser formalizado após as convenções partidárias, o anúncio – previsto para ocorrer até o início de agosto – ajudará a tornar mais claro o cenário para a disputa pela sucessão do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que concorrerá a reeleição. Além de ter reunido mais de 1,3 milhão de votos nas últimas eleições, a aliança é considerada importante no jogo político atual, considerando a garantia de pelo menos 30% do tempo total de rádio e TV destinado aos partidos políticos durante a campanha.
A deliberação final, contudo, não será tarefa fácil. A escolha de um nome, necessariamente, causará desconforto a outros, independentemente de quem seja o referendado. Por isso, aliados costuram internamente justificativas plausíveis no sentido de evitar quaisquer rusgas internas, fato que poderia desestabilizar a atual composição.
Tecnicamente empatados
Em levantamentos internos, Alírio e Izalci aparecem tecnicamente empatados. A favor do petebista, há a unidade do partido em torno da candidatura, cenário que não ocorre regionalmente com o tucano. No entanto, o deputado federal possui fundo partidário e tempo expressivo no horário eleitoral gratuito, além da força da campanha presidencial do PSDB.
Em relação ao terceiro concorrente, apesar de não ser um nome com tradição política, Wanderley Tavares tem por trás o peso das igrejas evangélicas, panorama que ajudaria a alavancar um possível crescimento em eventuais cenários.
Integrantes do grupo costuram a criação da chapa de forma com que os três saiam contemplados em posições de destaque, seja como candidato ao GDF, vice, ou até mesmo primeiro-suplente de Cristovam Buarque, nome em evidência nos levantamentos espontâneos de intenção de votos para a reeleição ao Senado.