Em um estúdio colaborativo do Guará I, o rapper X e mais quatro músicos preparam um disco que promete nova vida ao hip- hop brasiliense: a volta do Câmbio Negro. Nascida em 1990, em Ceilândia, a banda sempre se caracterizou pela qualidade das produções e letras. Criou uma escola de hip-hop que é sinônimo de crítica social, ao lado do guaraense GOG, Mano Brown, dos Racionais MCs e outros.
O show do Câmbio Negro no aniversário de Brasília, dia 22 de abril deste ano, foi gravado e será lançado ainda este ano. Com nova banda, que une o baterista e percussionista Denizar Dourado, o guitarrista Ralf Sardela, o baixista Moisés Pacífico e o DJ Beetles, o material incluirá uma música inédita, Ninguém Toma. Ainda sem data de lançamento, X garante que outras músicas inéditas serão disponibilizadas nos próximos meses.
Câmbio Negro
O primeiro álbum, intitulado Sub-Raça, foi lançado em julho de 1993 pela gravadora independente Discovery. Pelo mesmo selo, em 1995 o grupo lançou seu segundo disco: Diário de um Feto, vendendo duas mil cópias nos primeiros quinze dias. No mesmo ano, concorreu ao Video Music Brasil, na categoria Melhor Grupo de Rap, fato que se repetiria no ano seguinte. Na edição de 1999 é que o grupo conquistou o prêmio, além de concorrer na categoria de Melhor Edição, com a música “Círculo Vicioso”. Após a saída do vocalista X no final do ano 2000, visando seguir na carreira solo, o Câmbio Negro encerrou suas atividades.