Raissa Rossiter – Pré-candidata a deputada federal defende maior participação das mulheres na busca de um país mais justo e solidário

Com mais de 30 anos de carreira como gestora, boa parte dela dedicada ao empreendedorismo (Sebrae), docência e à causa feminina (foi secretária adjunta de Políticas para Mulheres no Governo de Brasília), a socióloga e doutora em gestão Raissa Rossiter busca a oportunidade de representar o Distrito Federal no Congresso Nacional pelo PSB. Como base de suas propostas, as mesmas lutas que encampou através do seu trabalho e que defende em seu dia a dia como cidadã.

Preparo para disputa
Apesar de nunca ter se submetido a eleições, não dá para dizer que Raissa Rossiter é uma novata na política. A carioca de raízes pernambucanas e residente em Brasília há 21 anos, vive a política mais efetivamente, desde 2010, quando foi pré-candidata a Governadora pelo PV, o primeiro partido a que foi filiada. “Me sinto mais preparada do que nunca para exercer o ofício de servir a população, legislando, realmente, pelo bem comum, o que lamentavelmente, não é o que acontece hoje na Câmara dos Deputados”, afirma a pré-candidata.

Causas Prioritárias
No topo de suas prioridades está o enfrentamento às violências contra as mulheres e à desigualdade de gênero e raça. Para ela, esta é uma questão elementar, por isso merece destaque, mas não é mais importante que outras batalhas que considera fundamentais. Entre elas: promoção da autonomia econômica local com fomento ao empreendedorismo, com foco no artesanato e na economia criativa e solidária; a inovação na política; redução das violências no país; ampliação e melhoria das condições de mobilidade da população, otimização na aplicação dos recursos na saúde e elevação dos padrões de atendimento; oportunidades de formação e trabalho para jovens e a proteção e promoção da sustentabilidade ambiental.
“A sociedade brasileira precisa acordar para essa questão, que pode ser decisiva para a nossa transformação em um país mais justo, próspero e sustentável.”

Representatividade feminina
Como mãe, mulher e trabalhadora, Raissa trilhou sua trajetória enfrentando a múltipla jornada comum à maioria das brasileiras. Não se sente mais, nem menos especial por isso. Reconhece, porém, que atender a tantas expectativas e prosperar exige muita dedicação e nem sempre a vitória é mera questão de esforço, além de ser marcada pela desigualdade. Ela defende que contar com o respeito da sociedade e do Estado é o mínimo que as mulheres devem esperar de uma sociedade contemporânea para que deem o seu melhor. Aliás, que este é um direito constitucional que quer fazer valer.

Ocupar espaços
“Precisamos ocupar mais espaços, mais posições de liderança na política e nas instituições, para exercermos, plenamente, nosso potencial. Estou feliz com a determinação do TSE em destinar 30% do fundo eleitoral e tempo de mídia às candidaturas femininas. O desafio é fazer essa representatividade chegar ao Congresso, onde as parlamentares não chegam nem a 11%, mesmo sendo a maioria do eleitorado. O Brasil está na 115ª posição no que se refere a participação das mulheres na política num universo de 138 países. Somos 43% da força de trabalho, mas ganhamos 70% a menos que os homens. Em relação à equidade de gêneros, os brasileiros estão muito atrasados. Por outro lado, avançamos em outras áreas. Não se trata de competição, mas estudamos mais que os homens e a maioria dos lares são mantidos por mulheres.
A pré-candidata afirma que há barreiras sociais e culturais grandes a se superar, mas que as mulheres estão em movimento. “A luta contra o machismo deve ser diária e travada em casa no trabalho, na rua, sem trégua. Mas, neste pleito de 2018, percebo muitas oportunidades para ocuparmos um espaço mais qualificado na política deste país e do DF! Não é que temos que marcar presença também na política, mas, principalmente, na política. Se nos ausentarmos, qualquer mudança será muito mais difícil. Não é que os homens sejam nossos inimigos. Devem ser nossos aliados, mas muitos ainda nos veem, sim, como inferiores e incapazes. Só uma mulher para entender de fato a outra e o legislativo precisa dessa empatia. Temos um espaço a ocupar e não podemos mais perder tempo”.