PAULO ROQUE CANDIDATO A SENADOR –

Um novo na política que tem a austeridade como bandeira

Comentarista da rádio CBN na área de defesa do consumidor durante 10 anos, Paulo Roque é dono de uma voz muito conhecida do brasiliense. Agora candidato ao Senado, ele mostra a cara e busca votos, com o discurso do novo (no partido e como novidade no meio político), defendendo a bandeira da transparência e da austeridade com o dinheiro público, mais ou menos na linha Reguffe.
Crítico do modelo de política praticado no Brasil atualmente, Paulo Roque resolveu sair da zona de conforto e testar sua popularidade nas urnas, logo num dos cargos mais difíceis de competir, cobiçado por políticos tradicionais. Mais difícil ainda é porque concorre por um partido novo em tudo, que não tem em sua nominata nenhum candidato que tenha concorrido anteriormente. Mas, desafio posto, desafio aceito.
Mesmo com indiferença inicial do meio político, Paulo Roque aposta que seu discurso de renovação, ética e austeridade pode conquistar o brasiliense cansado da velha política, marcada por denúncias de corrupção, nepotismo, troca de favores e outras mazelas institucionalizadas na política brasileira. E, ao que parece, está dando certo. Mesmo com pouca estrutura, num partido pequeno e sem puxadores de votos, ele já desponta nas pesquisas com índices que começam a preocupar os velhos caciques do DF.

Política está suja
Em visita ao Jornal do Guará, o candidato ao Senado pelo partido Novo, o mesmo do empresário Alexandre Guerra, herdeiro da rede Giraffa´s, diz que “a política está suja e precisa de sangue novo, de renovação, para não cair mais ainda no descrédito da população”. Segundo ele, os que comandam o parlamento brasileiro não querem mudança porque são os principais beneficiários pessoais do que aí está. “A maioria quer se servir da política e não servir à política”, resume. “As coligações são formadas pensando muito mais no tempo de TV, na possibilidade de troca de cargos do que no interesse da população”.
Entre suas bandeiras, todas com foco na austeridade e no bom gasto do dinheiro público, Paulo Roque defende uma reforma tributária ampla que estimule a produção e a oferta de empregos e não continue sugando cada vez mais o bolso do contribuinte toda vez que o governo aumenta seus custos. “Brasília tem hoje 315 mil desempregados. Esse seria o assunto que deveria preocupar os candidatos, porque reflete em todas as atividades do estado, na segurança, na saúde e na educação. Mas, não é o que estamos vendo”, diz ele.

Fim das reeleições
Caso seja eleito, Paulo Roque diz que vai apresentar um projeto para acabar com a eleição indefinida, mesmo sabendo da resistência que a proposta pode gerar no Congresso. “Precisamos acabar com os políticos de carreira, que buscam apenas benesses para si próprio e seus amigos e uma forma de sobreviver sem muito esforço”, atira. “Sou uma aposta nessa renovação. Posso ser uma surpresa, o novo que o povo quer”, prega, usando o trocadilho como mote de campanha.
O Partido Novo tem nos seus princípios essa transparência defendida por Paulo Roque, por não permitir o tradicional “toma lá dá cá” entre parlamento e governo e a recusa em usar dinheiro público nas campanhas políticas e apenas uma reeleição.
Natural de uma pequena cidade do interior de Minas, Paulo Roque, 51 anos, chegou em Brasília em 1988, com apenas alguns pertences pessoais e muita vontade de vencer. E venceu. É hoje um dos mais conceituados advogados de Brasília e chegou a concorrer por duas vezes à presidência da OAB/DF. Especializou no Direito do Consumidor e hoje é uma das vozes mais respeitadas do país no assunto.
“Sou literalmente um novo, num meio que precisa muito de renovação”, conclui.