O parque Dener deixou de ser frequentado pela comunidade há cerca de dois anos, por causa falta de segurança e manutenção dos equipamentos. Os moradores do Polo de Moda, QE 40 e condomínio Bernardo Sayão reivindicam melhorias e atenção dos órgãos públicos. Em 2018, a comunidade protocolou um abaixo-assinado pedindo melhorias nos equipamentos do parque, para que voltassem a utilizá-lo.
O Parque Vivencial Dener, localizado na QE 40, entre o Polo de Moda o Bernardo Sayão, foi criado através da Lei n° 739 de 28 de julho de 1994, como espaço ecológico para o lazer da comunidade. É, também uma área de preservação ambiental por causa da nascente e um trecho de campo de murundu alterado (pequeno monte de terra, isolado numa parte plana do roçado) que fazem parte da área.
De acordo com a Superintendente da Unidade de Gestão e Conservação do Ibram, Rejane Pieratti, o órgão está finalizando um estudo para a recategorização de seus parques. O Parque Vivencial Dener é um dos contemplados por essa ação. “Esse processo é necessário para a posterior elaboração de um plano de investimentos em melhorias nas unidades”, explica a superintendente.
Enquanto o Ibram não inicia ações mais efetivas, a Administração Regional do Guará providenciou a limpeza do parque, na ciclovia, com a roçagem da grama, e retirada de árvore caída dentro da lagoa, além da remoção do lixo. O 4º Batalhão da Polícia Militar do Guará II, por sua vez, disse que vai intensificar rondas no local.
Voluntários fazem a manutenção
Edivalci Peixoto, aposentado e morador há oito anos em frente ao parque, transformou o local na pupila dos seus olhos e o quintal da sua casa. Apaixonado pela natureza, frequenta e se dedica, diariamente, a conservar e manter o espaço funcionando. Edi, como é conhecido no local, transformou o espaço com o seu cuidar diferenciado. Ele vem pedindo aos moradores que voltem a frequentar o parque. Marilucia Dutra Silva, apaixonada pelo espaço, caminha há quatro anos no parque e a cada dia fica indignada quando vê que as pessoas não fazem sua parte para preservar. Os frequentadores do parque entregaram ao governo e à Câmara Legislativa no ano passado um abaixo assinado solicitando reforço na iluminação, lixeiras, bebedouro, um vigilante 24 horas, e a definição de horário para abrir e fechar o parque.
Já Christina Vilela Silva, frequentadora do parque desde 2009, afirma que a comunidade deixou de frequentar o local desde que foi retirado o parquinho infantil em 2016, por causa da depredação e da falta de segurança. “Precisamos de limpeza da lagoa, instalação de lixeiras, podas e roçagens no local, instalação de alambrados em volta do parque infantil , instalação de bebedouro, colocação de placas educativas na área do parque, para que os frequentadores recolham as fezes dos seus cachorros, além de um vigilante”, reforça.