Atriz, cantora e compositora, a guaraense Helen Dieb leva aos palcos, olho e ouvidos uma completa personificação da força da mulher. Suas letras fortes, seu gestual marcado, a voz imposta ainda que tenra, destacam-se no meio das muitas musicistas talentosas de Brasília.
Helen começou muito cedo a dedicar-se à arte, e depois de 10 anos como atriz, descobriu a possibilidade de trabalhar com música aos 26 anos, “juntamente com a carreira vitalícia de mãe”, como prefere definir. “E minha trajetória enquanto cantora começou daí, comecei a cantar e interpretar músicas covers e autorais no Feitiço Mineiro, apresentando essa minha versatilidade artística. E no ano de 2016 comecei a compor músicas autorais e de intensidade que alcançaram os corações daqueles que ouviam e ouvem na época”.
Estilos
“Eu defino meu trabalho musical como a tentativa de junção de minhas referências, como a maioria dos músicos fazem, e estou nessa empreitada desafiando minha própria limitação em composições… procuro percorrer as diversas vertentes brasileiras, desde a MPB clássica até a Nova MPB, com junções de ladainhas, forró, pegadas latinas e flamencas… confesso que nunca parei muito pra pensar em questão de gêneros musicais que eu trabalho, só deixo a inspiração melódica que as minhas próprias poesias me apresentam”, conta. A performer aproveita a experiência como atriz para dar mais valor às palavras ditas e à responsabilidade de passar uma mensagem e presentear ao público novas experiências e “tentar dizer o que todos tentam dizer, mas de certa forma são limitados a dizer”.
Carreira
Atriz e professora formada pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e até o ano de 2015, trabalhou na arte da atuação. Viajou ao Chile com um trabalho de imersão no Teatro Físico sobre a vida e obra de Frida Kahlo, e para Nova York com o trabalho de clown e musical na Avenida Original do Brazilian Day. E desde 2015 começou a apresentar-se na cidade com trabalhos musicais, apresentando músicas autorais e covers pelo Feitiço Mineiro. “Lá participei de alguns projetos no qual eu fazia essa junção: um dia cantei em homenagem a Clara Nunes, outro dia atuei e cantei música em projeto de Teatro- Samba com o cantor Fabinho, no outro apresentei meu universo artístico com músicas e autorias. Daí surgiram as minhas possibilidades por navegar nesse mundo da música. Em 2016 comecei a compor sem nenhuma pretensão, apenas desabafos por problemas pessoais que estava passando, e comecei a apresentá-las em eventos alternativos da cidade do Guará. E desde então não parei. De forma independente gravei meu primeiro disco intitulado Dó ao Sol- Lado A, e estou nessa aventura maravilhosa que é estar no lugar de Mulher Compositora”, resume a artista.
Hoje ela apresenta-se em dois projetos distintos: Clube na Nossa Esquina, que é um projeto que valoriza a música autoral na cidade de Brasília, onde toca o projeto Helen Dieb e Os Camarás (com Júnior Pai de Santo e Pedro Cardoso) ; e Laboratório dos Malditos, que é um projeto teatral viabilizado pelo grupo de teatro Hierofante, pesquisando o trabalho do psicofísico juntamente com as poesias dos poetas malditos (Allan Poe, Rimbaud, Baudelaire etc).
Mulher multitarefa
Fora dos palcos, Helen é mãe do pequeno Heitor em tempo integral e professora de artes da Secretaria de Educação. É colunista da revista digital Tendência Inclusiva (link abaixo), de uma revista digital de inclusão, chamada Tendência Inclusiva. “Assino a coluna de Doenças Raras, que é uma das causas de luta que assumo com muita vontade e sede de fazer a diferença por essas pessoas que enfrentam diariamente todos os tipos de preconceitos”, conclui.
Ouça Helen Dieb: