Obras no Guará Park: transtorno sem data para acabar

As obras de saneamento e asfalto nas antigas colônias agrícolas do Guará estendem-se por vários meses. No Guará Park, mudanças no projeto prolonga ainda mais o sofrimento dos moradores

As obras de distribuição de água potável, captação de águas pluviais, esgoto e asfaltamento são requisitos para a regularização das antigas colônias agrícolas do Guará. Transformadas em condomínios e grandes lotes, a colônias Agrícolas Iapi, Bernardo Sayão e Águas Claras, todas margeando o córrego Vicente Pires, serão unificadas em um único setor com cerca de 1,9 mil residências.

Obras
Iniciadas em novembro de 2016, o governo licitou cerca de 32 km de drenagem de águas pluviais, 46 km de pavimentação asfáltica, com 164.720 m2 de calçadas. No Guará Park, ou Colônia Agrícola Águas Claras as obras tem causado um grande transtorno. Todo o setor é atendido por uma única rua, que, será duplicada após a instalação das redes de saneamento. Este projeto desagrada os moradores. Segundo a prefeita comunitária Tânia Coelho, a duplicação da rua não atende aos moradores, apenas aos motoristas que cortam caminho por ali. “A rua duplicada inviabiliza as atividades diárias dos moradores, pois impede calçadas, ciclovias, arborização e estacionamentos. Este é um setor residencial e queremos que este aspecto seja mantido”. Agora, o governo encomendou um novo projeto para a obra, iniciado há duas semanas, e apenas com o projeto pronto a construção poderá ser retomada. “Solicitamos uma reunião com a Terracap, Novacap e as empresas responsáveis para deixarmos claro que a duplicação não é interesse dos moradores, estamos aguardando retorno”, conta Tânia.

“O grande problema dessa duplicação, que foi jogada goela abaixo, foi a não participação dos moradores. Eu só fiquei sabendo quando as máquinas estavam derrubando os pés de Ipê da rua. Essa interligação poderia muito bem ser feita entre o Guará é a linha férrea, pois a área ali é bem ampla, mas o governo, sabe-se lá porque, optou por criar essa obra nessa via que não tem espaço. Agora o morador que reside na parte de baixo não terá espaço para manobrar seu veículo. Quem gostava de caminhar com seu animal de estimação vai ter que disputar espaço com os carros. Muitos que tem interesse nessa obra não moram aqui, estão mais preocupados com a especulação do local do que cuidar deste belo lugar”, desabafa a moradora Cida Landim, em um grupo do setor nas redes sociais.

Eleições  

Em meio a estes problemas, a prefeitura comunitária do Guará Park passará por eleições em breve. No domingo, dia 19 de maio, das 9h às 12h, os associados deverão comparecer à sede da prefeitura para a votação. Como se trata de uma associação, apenas os 186 sócios estão aptos a votar (os moradores tiveram até o dia 5 de maio para associarem-se). Entre os concorrentes está a chapa da atual prefeita comunitária Tânia Coelho, com Waldemira Maciel como vice. A oposição fica por conta da chapa de Maria Gleide Soares Melo e Jeferson Maximino. Antes do processo eleitoral começar várias acusações e questionamento sobre a licitude do pleito e da extensão do atual mandato foram feitas. Segundo a prefeitura, uma Assembleia Geral realizada no dia 21 de março aprovou as contas, votou o código eleitoral e prorrogou o mandato até o próximo pleito.

A chapa de oposição, encabeçada por Gleide Soares, propõe renovação na representatividade do setor
A atual prefeita comunitária Tânia Coelho concorre à reeleição pela segunda vez