O ex-administrador regional do Guará, ex-deputado distrital e presidente da Câmara Legislativa e ex-suplente de deputado federal Alírio Neto, será o novo diretor-geral do Detran, após a exoneração nesta quinta-feira, 8 de maio, do atual titular do cargo, Fábrício Moura, suspeito de ter firmado contrato irregular com a empresa Sitran.
Alírio, que é delegado de polícia aposentado, foi convidado pelo governador Ibaneis Rocha com a missão de “fazer um limpa” no órgão em relação aos atos suspeitos de Fabrício Moura.
Fabrício se envolveu em noticiário negativo, na semana passada, quando vazou gravação de uma conversa de seu irmão Felipe pressionando um funcionário do órgão a mudar um parecer sobre uma licitação.
O novo governo “herdou” uma licitação do governo anterior para manutenção de semáforos, no valor anula de R$7 milhões (ou R$35 milhões ao final de cinco anos do prazo contratual), mas Fabrício decidiu cancelar o certame e iniciar processo de elaboração de uma nova licitação, mais ampla, destinada a renovar os semáforos e adotar tecnologias modernas de monitoramento e manutenção. Neste caso, a estimativa é que o valor do contrato pode chegar ao triplo do valor da concorrência suspensa.
Alírio pensou em se aposentar da política
Depois da frustrada tentativa de se candidatar a governador do DF e depois ter sido derrotado como candidato a vice-governador de Eliana Pedrosa no ano passado nas eleições do ano passado, Alírio vinha afirmando que pretendia se “aposentar” também da política e cuidar apenas dos negócios e de sua pessoal. Mas o convite de Ibaneis o fez mudar de ideia.
“Resolvi aceitar porque o governador me desafiou a repetir o que fiz no Na Hora, quando fui secretário de Justiça e Cidadania, quando o órgão chegou a ter 86% de aprovação dos usuários”, conta Alírio. Segundo ele, A proposta do governador Ibaneis é humanizar o atendimento do Detran que não seria bem visto pela opinião pública.
Mesmo tendo voltado atrás na promessa não assumir mais cargo público, Alírio Neto garante que a “recaída” não quer dizer que volte a ser candidato novamente. “Não tenho mais vontade de participar de eleições, mas em política nada é impossível. Ma, o meu coração realmente não quer”, afirma.