Luciane Gomes Quintana é a terceira mulher a assumir a Administração Regional do Guará, depois da exonerada Vânia Gurgel e da gestão de Márcia Fernandez em 2002, entre os 19 administradores regionais que a cidade que já teve. Mas, o fato mais relevante é que ela foi indicada ao cargo pelo deputado distrital Rodrigo Delmasso (PRB), que assim volta a apadrinhar a cidade depois de ter anunciado oficialmente em março que estaria devolvendo ao governador Ibaneis o apadrinhamento da Administração do Guará – Vânia Gurgel também era indicação dele. No governo passado, de Rodrigo Rollemberg, ele indicou André Brandão e depois Luiz Carlos Delfino, que completou a gestão até dezembro de 2018. Os dois também são militantes da Igreja Sara Nossa Terra, onde Luciane é bispa (quando o pastor coordena mais de uma igreja, no caso dela, três).
Aos 38 anos, moradora do edifício Dueto, na orla do Guará II, há dois anos, casada e uma filha, Luciane Quintana tem a missão de ajudar na execução das emendas parlamentares de Delmasso para a cidade – no governo de Rollemberg ele destinou e conseguiu executar quase R$ 30 milhões para investimentos no Guará, dos quais R$ 11 milhões para a finalização da Escola Técnica – e, como bióloga de formação, ajudar na recuperação e implantação dos parques Ezechias Heringer (Parque do Guará), Parque Denner (no Polo de Moda) e Parque dos Eucaliptos (entre QEs 42, 44 e Iapi).
Ainda tomando pé do novo cargo, Luciane concedeu sua primeira entrevista como administradora regional ao Jornal do Guará na manhã desta sexta-feira, 17 de maio.
Foi surpresa para a Sra. a indicação para a Administração do Guará? Ou vocês já haviam aventado essa possibilidade antes?
– Foi uma surpresa o convite do deputado Delmasso, porque eu trabalhava no gabinete dele com as demandas sociais e no acompanhamento da execução das emendas parlamentares. Nunca imaginei a possibilidade de um dia assumir uma administração regional.
Mas a Sra. acompanhava as demandas do Guará?
– Sempre, porque é a cidade do Delmasso e a quem ele dedica uma atenção especial. Todas as pessoas do gabinete dele estão envolvidas com o Guará.
A Sra. chegou a trabalhar na campanha dele no Guará, naquelas visitas residenciais que a equipe fazia?
– Algumas vezes, sim, mas eu cuidava principalmente das demandas sociais, no recebimento de propostas de projetos e emendas. Na análise da viabilidade das propostas e se elas poderiam ser apresentadas por ele.
Quais as demandas para a cidade que a Sra. analisou e que se transformaram em projetos ou emendas parlamentares?
– O reforço da iluminação pública, com a instalação de todas as lâmpadas de led na via contorno, que foi fruto de emenda parlamentar do Delmasso, além da liberação de recursos para obras e reformas das escolas públicas e praças da cidade.
Já deu tempo de conhecer as principais demandas do Guará?
– Nem todas, mas a maioria, porque já trabalhava no gabinete com elas.
O que a Sra. já sentiu que a cidade mais precisa de início?
– Vou avaliar com minha equipe um cronograma de ações, mas quero ouvir as lideranças da cidade sobre suas demandas. São elas que mais conhecem os problemas da cidade. Na próxima semana já quero começar a ouvi-las.
Vai mexer na equipe?
– Em princípio não, pelo menos antes de analisar as funções e o rendimento de cada um dos assessores.
A Sra. assumiu no meio das comemorações do aniversário. Continua a programação?
– Sim, tudo como foi programado.
O deputado Delmasso disse que uma das suas missões, como bióloga, será ajudar na recuperação e implantação dos parques do Guará? O que a Sra. conhece deles?
– Vou procurar mais informações sobre os projetos em andamento junto aos órgãos de meio ambiente do governo para vermos juntos o que a Administração pode contribuir. Como bióloga, sei da importância da natureza para o homem, principalmente na formação das crianças. Essa é uma missão que vou buscar com muito prazer.
A Sra. deve estar acompanhando as redes sociais e deve saber que está havendo críticas em relação ao fato de ter sido indicada mais uma pastora da igreja Sara Nossa Terra. Como pretende quebrar essa resistência?
– Sim, sei de parte dessas críticas, mas adianto que não vou misturar as coisas. Estou aqui para defender os interesses da população e não da minha igreja ou dos evangélicos, como já ouvi. Quando estiver na Administração, não vou pensar na igreja e vice-versa. A igreja é uma devoção e não uma profissão.