Cidade vai ganhar nova quadra

Terracap solicita licença ambiental para a venda da QE 60, ao lado da Epia e do Parque do Guará. Nova quadra será toda vertical, só com apartamentos

Depois das QEs 48 a 56, na área conhecida como Cidade do Servidor, a cidade deve ganhar uma nova quadra nos próximos anos. A Terracap abriu o processo de ocupação da QE 60, entre a QE 46 e o Setor de Postos, Concessionárias e Motéis, na Saída Sul, uma área de 235 mil metros, onde está prevista uma quadra vertical (somente para apartamentos). O terreno, que antes pertencia à Telecomunicações Aeronáuticas S A (Tasa), empresa ligada à Aeronáutica, foi repassado à Terracap e será vendido em lotes à iniciativa privada.
Não há, entretanto, prazo previsto para a venda. Inicialmente, a Terracap publicou no Diário Oficial do DF do dia 9 de maio o pedido da licença ambiental da área, a primeira providência para se iniciar um processo de venda e ocupação de terreno público. O andamento da licença vai depender da análise dos órgãos ambientais do governo, mas a empresa tem pressa na liberação depois de perceber um aquecimento no mercado imobiliário, especificamente no Guará, depois do sucesso na venda das primeiras projeções do Centro Comunal II, na EQ 31/33 do Guará, com seis ofertas bem acima do lance inicial para cada uma das projeções colocadas à venda. A empresa aposta também na localização da área, muito próxima da Epia, o que deve despertar o interesse de quem busca facilidade de acesso ao sair e chegar em casa. Também o fato de estar ao lado de um parque ecológico e próximo à uma saída viária deve valorizar mais ainda as projeções.

Não é de interesse social
A área da QE 60 era cobiçada pelos movimentos sociais pela moradia de baixa e média renda, principalmente as cooperativas habitacionais, mas, de acordo com o diretor comercial da Terracap, Carlos Leal, a área não é de “interesse social”, portanto, poderá ser vendida à iniciativa privada através de licitação. “O governo entende que já atendeu à demanda dos movimentos sociais no Guará, com a destinação de 805 lotes às cooperativas habitacionais nas QEs 50 e 56. Precisamos agora ofertar opções a quem está numa faixa de renda acima e tem interesse em morar na cidade”, explica.

 

Terracap vende 7 projeções no Guará

O reaquecimento do mercado imobiliário no Distrito Federal, mesmo que de forma ainda tímida, incentivou o governo a voltar ao mercado de projeções, depois de um período de hibernação provocada pelo fracasso de alguns pregões nos últimos anos. O teste aconteceu no mês passado, quando a Terracap vendeu três terrenos na entrequadra 31/33, no Guará II, na área conhecida como Centro Comunal II. Além dos ágios acima de 50% sobre os preços pedidos, o termômetro foi a quantidade de ofertas, no mínimo seis, em cada um. No dia 30 de junho, a empresa vai licitar os outros quatro terrenos que compõem o Centro Comunal II, com expectativa de ágios ainda maiores do que o pregão de maio.

Dois centros comunais
Os dois centros comunais foram previstos desde a construção do Guará II – o Centro Comunal I entre as QEs 15 e 26, ao lado da 4ª Delegacia de Polícia, e o Centro Comunal II entre ao lado do edifício Consei, entre as QEs 19 e 26. Mas, na época, sem demanda para tanto comércio, apenas o edifício Consei foi levantado, tornando-se uma referência comercial e arquitetônica na cidade. Os lotes estão registrados desde 1980, portanto, há 39 anos. A localização dos lotes passou por mudanças significativas, porque tiveram que ser adequadas à realidade atual. Novas ruas, recuos e a vegetação foram levados em conta para readequar os sete lotes da nova quadra.
Os três lotes da licitação de maio foram vendidos por R$ 3.9 milhões, R$ 4.8 milhões e R$ 5,2 milhões. Cada lote teve no mínimo seis propostas, o que mostra o reaquecimento do mercado imobiliário e a demanda por novas habitações no Guará.
Os quatro lotes restantes estão sendo oferecidos agora. Os lotes 1, 2. 3 e 6 tem entre 1,04 mil e 1,248 mil metros quadrados. O gabarito estipula o limite máximo de construção em 20 metros para a área, ou seja, oito andares e o térreo.
Há dois anos, a União vendeu dois lotes na QI 33, onde a empreendedora Paulo Octávio está erguendo um edifício residencial, com previsão de construir o segundo logo depois da conclusão do atual. Com os dois edifícios da Paulo Octávio e os sete que estão sendo licitados pela Terracap, a área central do Guará II deve receber cerca de mais 2 mil novos moradores.