REALOCAÇÕES INDECOROSAS

Conversando com o Caixa Preta lá no Porcão enquanto a cerveja não chegava a nossa mesa, pois o Galak pra deixar o velho Caixa nervoso demora de propósito.
O meu amigo até que estava de boa quando começou a me falar daquele pessoal que em finais de semana, estaciona lá no ParkShopping pega o metrô e vem almoçar na Feira do Guará, depois de encher o bucho, pega um palito põe na boca e volta pro shopping.
Assim que avista um conhecido faz questão de dizer que estava almoçando no Madero, só pra tirar uma de bacana.
Mas o assunto nosso era a construção de um quiosque ao lado da banca de revistas, ali na QI-07 do Guará I que atrapalha totalmente a visão de quem sai ou entra no estacionamento, criando um verdadeiro abrigo de vagabundos, onde muita coisa pode rolar, inclusive assaltos ou assédio, que hoje parece estar na moda.
Tenho que concordar com o cabra, que quem dá a tal autorização para remanejamento de quiosques, ou não conhece o local ou está querendo quebrar o galho de algum chegado.
A coisa está meio estranha, pois em 2015 tentaram construir naquele local, mas foi devidamente demolido pois era proibido construção naquele ponto. Agora está liberado? Virou zona.
Continuo a afirmar que o plano urbanístico da cidade a muito foi jogado fora, valendo apenas os interesses nada republicanos dessa turma, a cidade que se exploda.
Para não desagradar os chegados permitem tudo, ter a concessão de um quiosque, mesmo que por décadas, não dá direito de posse permanente a ninguém, pois a ocupação de área pública não permite a legalização de usucapião.
Pelo jeito a Administração quer contemplar a igreja que está construindo um grande salão e uma grande construtora que não vai querer conviver com aquela quioscaiada que ocupa o espaço hoje.
Aqui na terra de ninguém em que se transformou o Guará, tudo pode, desde que não seja legal.