Escolas públicas do Guará voltam às aulas na segunda, 10 de fevereiro

A recepção aos estudantes está sendo planejada pelas 14 regionais de ensino e por cada uma das 678 unidades escolares em funcionamento

Na próxima segunda-feira (10), as escolas da rede pública de ensino abrem as portas para receber seus 460 mil estudantes. Faltando uma semana para o fim das férias, a Secretaria de Educação faz os últimos preparativos para que esteja tudo pronto. Uma equipe técnica trabalha há mais de 40 dias no Escritório de Situação criado pelo secretário de Educação, João Pedro Ferraz, para que tudo funcione bem.

A recepção aos estudantes está sendo planejada também pelas 14 regionais de ensino e por cada uma das 678 unidades escolares em funcionamento, que elaboram as atividades de boas-vindas conforme a realidade das etapas e modalidades de ensino da Educação Básica – educação infantil ao ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Na próxima segunda-feira (10), tudo vai estar pronto para retomar suas atividades com o que é necessário para, neste primeiro dia de aula, por exemplo, transportar 57.811 estudantes em 844 ônibus, que vão rodar 154 mil quilômetros (sim, só neste dia), o equivalente a 132 viagens Brasília-Rio de Janeiro, 1.716 horas gastas nos percursos necessários ao conforto dos estudantes. Além disso, quase 400 mil alunos voltam a comer nas escolas nesta segunda-feira, consumindo 489.353 de refeições, em média, por dia.

A volta às aulas movimenta o Distrito Federal e também traz muitos benefícios indiretos. Um deles é para os pequenos produtores agrícolas do DF. A parceria com a Secretaria de Educação ganhou força nos últimos anos e vem sendo ampliada. Em 2017, eram adquiridos 23 diferentes tipos de alimentos da agricultura familiar. Agora já são 30 diferentes tipos. Quase mil agricultores familiares locais são beneficiados, impactando diretamente a melhoria da qualidade de vida de 3.785 pessoas.

Prioridade

“Estamos atuando em todas as frentes ao mesmo tempo para nos voltarmos, cada vez mais, para o processo de ensino-aprendizagem”, explicou o secretário João Pedro Ferraz, acrescentando: “Este é o objetivo de tudo o que fazemos. Se zelamos pelo conforto das instalações, pela melhoria do transporte ou da merenda, o principal significado disso é permitir aos nossos alunos que se concentrem no que efetivamente vai modificar suas vidas: o aprendizado”.

Para focar cada vez mais no que considera a missão mais nobre da secretaria, Ferraz implantou uma nova gestão, iniciando a transferência de responsabilidades por áreas que não têm vínculos diretos com o processo de ensino-aprendizagem para áreas afins, como o transporte escolar para a TCB, que ainda está em curso, mas deve ocorrer este ano. Outra mudança será a terceirização da merenda escolar, em fase de estudo, mas prevista para 2020 também.

Semana pedagógica

Neste sentido, este ano, a tradicional Semana Pedagógica foi precedida por uma preparação de diretores e vice-diretores para o início do ano letivo, realizada na semana passada. Cerca de 900 gestores participaram de oficinas e palestras pensadas no currículo da educação, na formação profissional e em sistemas de avaliação, entre outros.

Tudo isso entra como suporte pedagógico para o alcance dos cinco principais objetivos da educação na rede do DF: alfabetização eficaz até o final do BIA (Bloco Inicial de Alfabetização – dois primeiros anos, dos quais todas as crianças devem sair plenamente alfabetizadas); distorção idade-série (estudantes atrasados há mais de dois anos); aprendizagens anos finais; novo ensino médio e condições de aprendizagem – professores – formação e motivação.

A Semana Pedagógica 2020 ocorre simultaneamente em cada uma das unidades escolares, de 3 a 7 de fevereiro, com o objetivo de reunir os profissionais da educação para discussões, troca de informações e orientações a respeito do ano letivo que se inicia.

Carência zero

O início do ano letivo é marcado por uma ótima notícia. Desde o primeiro dia do ano letivo, o programa Educação Sem Carência vai colocar professores em todas as salas de aula. De imediato, a Secretaria deve convocar cerca de quatro mil professores substitutos para suprir as vagas abertas em substituição aos professores efetivos que exercem atividades de diretores, vices, coordenadores e supervisores pedagógicos.

Além disso, no decorrer do ano, os professores substitutos também são chamados para cobrir vagas abertas pelos efetivos em eventuais afastamentos legais, como licenças médicas, paternidade e maternidade, afastamento para estudos, entre outros previstas em lei.