A poesia ritmada (e consciente) de Mano Dáblio

Conheça o artista guaraense, rapper, slammer, poeta, ator, intérprete, letrista e ritmizador

Passando parte da infância na periferia de Brasília em Santo Antônio do Descoberto-GO, foi no Guará onde sua mãe o deixou para o destino do abrigo e ao completar maior idade retorna a cidade em busca de um lugar pra recomeçar, nova etapa da vida.

Letras fortes que provocam e trazem um convite a pensar o cenário que vivemos já é marca registrada do artista.

Fez parte dos projetos musicais: A Sentença, Orfanato, Pescador do Cerrado, 061 Caos, Brachiaria e atualmente segue carreiro solo no rap e já se apresentou  com artistas da cena brasiliense, como Lucy, Rubinho ALV, Martinha do Coco, Corte Seco, CDT e Helen Dieb.

Em 2018 ganhou o Prêmio Cultura Viva da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, por seu trabalho na acessibilidade cultural. Ainda em 2018 com o rapper JP lança o EP 061 Caos.

Idealizador do projeto Surdo Cinema que capacitou e possibilitou pessoas Surdas criarem seus próprios filmes em Língua de Sinais, resultando em 04 curtas com mostra que teve lotação máxima no Cine Brasília, teatros e pontos de cultura no DF.

Em 2019 lançou seu primeiro videoclipe Brachiaria, todo em Libras, projeto pioneiro no cenário do rap e no mesmo ano sua mixtape Poesia Alma com 07 faixas entre elas, “Lobos” música que fala da juventude no Guará e relembra amigos que já não estão entre nós. Ainda em 2019 assina com outros artistas a trilha do filme ESCUTA da Escola de Cinema Social Braza.

Paralelamente ganha destaque na cena do Slam (batalha de poesia marginal), mas no penúltimo mês do mesmo ano, após lançar o single “Monstro”, no caminho entre uma apresentação em Santo Antônio Descoberto para outra em Brasília, um veículo não identificado colide com sua moto e foge. O artista é internado com múltiplas fraturas graves que o afasta da cena por meses, inclusive impossibilitando sua apresentação no lançamento presencial da coletânea Uivo (coletânea musical de artistas guaraenses).

Nova fase

Em 2020, mesmo em reabilitação, Mano Dáblio retoma projetos pausados e lança 06 videoclipes e 01 single, ganhando destaque e indicação a prêmio o clipe “Abra-te” com elenco de atores Surdos no clipe em Libras.  Outros artistas brasilienses somam ao lançar “Alívio”, com a participação de Miller P. Silva e Diogo Moreira; “Toga”, com Laiz Risada e Helen Dieb; e “Então quem foi?”, com participação da cantora Maíra Agnes e da filha do artista, Amy. Ainda nesse ano sua música Brachiaria entra para a trilha sonora do espetáculo Caleidoscópio Palace (com a direção de Hugo Rodas).

Por conta da pandemia, adere às lives e participa inclusive do FICA em Casa, evento realizado por artistas do Guará. No festival online do Estúdio Social, fica em 3º lugar e garante o 2° lugar no Slam DFÃO 2020, distrital de Slam transmitido pelo Sesc.

Na sequência Mano Dáblio é indicado em três categorias da 6° edição do Prêmio Profissionais da Música – PPM (Rap & Hip Hop/ Autor Musica e Letra/ Videoclipe).

2021 inicia e na primeira quinzena  vem a notícia que Mano Dáblio é finalista em Duas das três categorias indicadas (Rap & Hip Hop/ Autor Música e Letra).

E não para por aí…

No dia 06 de fevereiro aconteceu o lançamento do projeto IMATERIAL, organizado pelo rapper, buscando reunir artistas das periferias do DF e entorno para evidenciar a força do rap periférico e da poesia marginal como resistência cultural antirracista na cena brasiliense.

Com a participação das artistas Aqualtune, Nega Lu, Júlia Nara e Debrete, lança a cypher (criação coletiva com diversos artistas) “Imaterial”, produzida no Guará pelo Estúdio Formiguero, clipe dirigido por Iago Kieling e o figurino de Fernanda Ferrugem e Sairon.

”A alegria de uma obra concluída nesse cenário sistêmico que tanto silencia, rouba e mata nossa gente, transcende a matéria em suas diversas formas”.

“A poesia falada costura os versos ritmizados onde o Slam e o Rap em harmonia se fazem presentes pra dizer o que precisa ser dito”, fala o artista.

O artista acaba de ser campeão na primeira batalha de poesia do Slam DÉF de 2021.

“Agradeço às mestras e aos mestres que encontrei e tenho encontrado nesse caminho de aprendizado. Demorei 17 anos para gravar minha primeira música e não vou parar por aqui… Sigo acreditando em um mundo melhor, resistindo e reexistindo”, diz Mano Dáblio.

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