O anúncio da troca da gerência da Unidade Básica de Saúde 2, ao lado da via contorno e da QE 17 do Guará II, provocou uma série de protestos por parte de usuários e lideranças comunitárias contra a exoneração do gerente Paulo César de Azevedo, que está no cargo há dez anos.
Um abaixo-assinado por usuários do posto com mais de 1 mil assinaturas e outro dos servidores da unidade reforçaram os protestos ecoados nas redes sociais desde esta segunda-feira, 15 de março, quando o Diário Oficial do DF publicou a exoneração de Paulo César. Nos grupos de WhatsApp da cidade, líderes comunitários protestaram contra a mudança e alguns insinuaram que a medida teria sido solicitada pelo deputado distrital Rodrigo Delmasso para colocar um aliado no cargo, mas o deputado nega interferência na tentativa de troca. “Eu não sabia o que estava acontecendo e nem fui consultado sobre a saída dele e nem sobre a nomeação da substituta”, afirma Delmasso.
Sem ingerência externa
De acordo com a superintendente da Região Centro-Sul da Secretaria de Saúde, Flávia Costa, a decisão de substituir Paulo César foi o resultado de uma avaliação interna na Regional de Saúde do Guará, considerando que ele estava no cargo há mais de dez anos. “Tudo foi feito com transparência, inclusive com o conhecimento dele, e não teve qualquer ingerência externa ou política”, garante a superintendente.
A exoneração e a nomeação da substituta de Paulo César chegaram a ser publicadas no Diário Oficial do DF de segunda-feira, 15 de março, mas, no mesmo dia, a diretora da Região Centro-Sul assinou a renomeação do diretor. “Resolvemos atender às manifestações dos moradores, que são os usuários da UBS na ponta. Se eles estão satisfeitos, vamos deixar como está”, completa.