A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) aprovou relatório com as contribuições da sociedade civil relativas à parceria público-privada da Avenida das Cidades. O comunicado da aprovação foi publicado nesta segunda-feira (17) no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) e a nova versão dos estudos com as contribuições acatadas pode ser acessada no site da Semob.
No documento constam as 128 contribuições recebidas e as respectivas respostas, com identificação dos interessados, esclarecimentos, justificativas e decisões para a continuidade do processo.
O projeto de construção, manutenção e conservação da Avenida das Cidades foi debatido com a sociedade no dia 22 de março deste ano, em audiência pública, e ficou sob consulta pública por 40 dias, entre fevereiro e março de 2021.
O empreendimento prevê uma nova via com 26 quilômetros de extensão, que passa por sete regiões administrativas e será concedido em licitação nacional, pelo prazo de 28 anos. Prevista para ser construída em 11 anos, a obra tem custo estimado em R$ 2,9 bilhões e pode gerar cerca de 20 mil empregos na fase de implantação. A execução dos serviços deve durar 18 anos e a previsão é que sejam criados cerca de 80 mil empregos na fase de operação, totalizando 100 mil postos de trabalho no projeto.
A nova avenida tem o conceito de via urbana, com a ligação viária entre o Plano Piloto e as regiões do Guará I e II, Arniqueira, Águas Claras, Park Way, Samambaia e Taguatinga. A obra vai permitir a integração entre as cidades que hoje são separadas pelas linhas de transmissão de energia.
Desenvolvimento
O subsecretário de parcerias e concessões, Henrique Oliveira Mendes, destacou a importância da obra para o Distrito Federal. “A Avenida das Cidades vai criar condições de desenvolvimento regional, melhorar a infraestrutura de transporte e mobilidade urbana e ampliar a oferta de serviços públicos ao longo da via”, disse.
O subsecretário acrescenta que também haverá benefícios para a mobilidade ativa e para o meio ambiente, com a implantação de 200 quilômetros de ciclovias e de 900 mil metros quadrados de calçadas e com o plantio de 700 mil árvores.
Há ainda previsão de construção de empreendimentos imobiliários ao longo da via. A expectativa é de que a região experimente o desenvolvimento socioeconômico sustentável, com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Próximos passos
Agora, o projeto seguirá para análise do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Após eventuais ajustes e aprovação pela Corte, o edital de licitação poderá ser publicado. A expectativa é que o processo licitatório ocorra ainda este ano e que a contratação do empreendimento aconteça no início de 2022.