Curso forma 25 empreendedores sustentáveis

A grande quantidade de lixo orgânico e o chorume produzido pela Feira do Guará, que incomodava os próprios feirantes e os servidores do Fórum do Guará, já não é mais um problema e se transformou numa solução sustentável, ao ser transformada em adubo para a Horta Comunitária da QE 38. O aproveitamento do lixo e de resíduos foi um dos temas do 1º Curso de Compostagem promovido pela Administração Regional do Guará e a Horta Comunitária, de 2 a 13 de agosto, para 25 empreendedores que pretendem investir na geração de renda através de produtos e serviços sustentáveis.
Além do reaproveitamento do lixo orgânico, o curso ensinou a produzir alimentos saudáveis, mudas, montagem de hortas urbanas e verticais. No final do curso, no sábado passado, 14 de agosto, os alunos fizeram uma demonstração do que foi ensinado, através de uma feirinha com produtos sustentáveis que aprenderam a confeccionar, como produtos sem leite e lactose e outras opções para a alimentação inclusiva, aquela destinada às pessoas que tem restrição alimentar.
O curso foi uma parceria entre a Administração Regional, o Instituto Arapoti, Emater DF, Sebrae e o programa Supera DF, e faz parte do projeto “Cidade Em-preendedora”, um concurso entre as administrações regionais com o objetivo de fortalecer iniciativas que fomentem a inovação para o desenvolvimento territorial nas cidades.
Animada com os resultados práticos do curso, a diretora do Instituto Arapoti e coordenadora da Horta Comunitária, a engenheira ambiental Dai Ribeiro pretende buscar recursos e parcerias para outros cursos com temática voltada para a sustentabilidade. “Há uma camada de jovens que quer e precisa empreender, enquanto existe um espaço interessante para quem queira investir no mercado de alimentação saudável e respeito ao meio ambiente. O que precisam é ter oportunidades para aprender”, afirma.


Solução para um problema

O curso de compostagem da Horta Comunitária surgiu da busca para um problema que afetava os consumidores da Feira e os servidores do Fórum do Guará, incomodados com odor e os riscos de contaminação do lixo orgânico produzido pelos feirantes e depositados a céu aberto no estacionamento entre os dois espaços públicos. Bióloga por formação, a administradora regional Luciane Quintana teve a ideia de propor a compostagem desses resíduos e aproveitá-la na Horta Comunitária.
“Além de encontrarmos uma solução para o problema, aproveitamos para implementar o empreendedorismo jovem, uma das preocupações do governo”, explica a gerente de Desenvolvimento Econômico da Administração Regional do Guará, Viviane de Sousa Melo.
Como o curso foi uma iniciativa pontual, Viviane está propondo ao Serviço de Limpeza Urbana (SLU) que assuma o projeto, que pode ser a solução para problemas semelhantes em outras regiões do DF.