Até chegar à casa dos moradores do Distrito Federal, a água passa por sistemas de tratamento – a depender da qualidade do líquido –, para se tornar potável e apropriada ao consumo. Na capital, há vários tipos de técnicas utilizadas pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) que eliminam sujeiras e garantem um produto 100% saudável à população.
Um deles é o sistema avançado de tratamento de água, que atende milhares de moradores do Gama, Itapoã, Lago Norte, Paranoá, Sobradinho e Varjão. A técnica se baseia na ação de membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias para tratar o líquido. Trata-se de uma espécie de peneira, responsável por eliminar vírus e bactérias.
A gerente de Operações da Caesb, Cláudia Morato, explica que o procedimento adotado pela Caesb não utiliza processos químicos no início do tratamento – como os demais. “A opção pela adoção desse sistema se deu em função da qualidade de água produzida e das características das amostras brutas disponíveis, além do curto prazo requerido para implantação do sistema”, comenta.
“Ao final, utilizamos dois produtos químicos: cloro e flúor. O primeiro garante a qualidade microbiológica da água e o segundo previne a cárie dentária, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Com esses sistemas, são tratados cerca de 1000 litros por segundo”, informa a engenheira química. “A água não precisa ser filtrada novamente em casa, mas é necessário manter as caixas d’água sempre limpas”, alerta.
Morador do Guará, João Barbosa, 31 anos, nunca teve problemas com a qualidade da água na capital. “Sempre confiei. Moro aqui há 7 anos e tomo água da torneira sem problema nenhum. Já fui a outros estados onde não tenho coragem de beber sem ser filtrada, mas aqui é tranquilo”, comenta o autônomo.
E água que corre para o esgoto?
A Caesb também é responsável pela coleta e tratamento da maioria do esgoto produzido no DF. O índice de coleta é de 90%, tratando 100% do material coletado. Depois que utilizamos a água, ela percorre um longo caminho até chegar nas 15 estações de tratamento de esgoto (ETE). Após escorrer pelo ralo, o líquido segue para as redes coletoras.
Segundo a superintendente de Operação de Tratamento de Esgotos da Caesb, Ana Maria Mota, o esgoto é formado por 99,9% de água e de uma fração sólida equivalente a 0,1%. “Na fração sólida, podem ser encontrados materiais estranhos ao esgoto, tais como plásticos, absorventes, preservativos, lenços umedecidos, estopa, entre outros. E é justamente o lançamento irregular desses resíduos que podem impactar para o sistema de coleta e tratamento de esgoto, afetando os processos e equipamentos das unidades de tratamento”, alerta.