Polícia identifica acusado de assassinar idosa na QE 30

Homem de 64 anos era foragido da polícia de São Paulo, onde tinha passagens por vários crimes

Foragido da Justiça de São Paulo, onde foi condenado a 12 anos de prisão por uma série de roubos e furtos, João Paulo Trindade, 64 anos, foi identificado por investigadores da 4ª Delegacia de Polícia do Guará como o homem captado pelas câmeras de segurança entrando na casa de Geralda do Nascimento, que foi encontrada morta logo depois com um fio de eletricidade enrolado no pescoço.
O acusado está foragido da polícia e da justiça de São Paulo desde 2015. Mesmo com extensa folha corrida de crimes, João Paulo Trindade ainda não tem anotação anterior de homicídio – o de dona Geralda teria sido o primeiro.
Ele quase foi preso na manhã desta quinta-feira, 9 de dezembro, num município do Entorno, mas conseguiu fugir. A prisão dele é aguardada para qualquer momento, porque os investigadores da 4ª DP estão monitorando os passos dele.

Enforcada

Geralda Nascimento foi encontrada morta, com um fio de eletricidade envolto no pescoço, às 16h desta quarta-feira, por uma das netas com quem morava no Conjunto A da QE 30. De acordo com as imagens das câmeras de segurança da rua, ela teria sido morta por volta de 14h15, quando o homem deixou a casa dela com uma mochila nas costas, possivelmente com o laptop de uma das netas.
Imagens de câmeras de outras quadras recebidas pela 4ª Delegacia de Polícia do Guará mostram que João Paulo tentou entrar em outras casas na QE 36 e depois na QE 32 antes de ser recebido por dona Geralda.
Ele se apresentava nas casas como marceneiro, especializado em pequenas reformas de móveis e pequenos serviços. Antes, ele procurava se informar quem estava em casa. Se fosse criança ou idoso, ele dizia que um parente havia solicitado que ele fosse até lá executar um determinado serviço. Minutos antes de entrar na casa de dona Geralda, ele tentou aplicar o golpe numa empregada doméstica de uma casa vizinha, mas, desconfiada, ela não abriu a porta.

Fuga

A PCDF teve acesso às imagens do ônibus que João pegou ao sair da QE 30, onde cometeu o latrocínio, e desembarcou na QI 7, no Guará l. Ele tinha um corte na bochecha e na boca, provocado possivelmente por uma luta corporal com a vítima. Outra característica que pode facilitar na identificação do suspeito é que José manca ao andar, em decorrência de uma artrose.

Logo após o crime João pegou um ônibus e fugiu para Planaltina de Goiás, onde uma filha dele mora. Lá, ele trocou de roupa e fugiu. A PCDF apreendeu a camiseta usada por ele durante o latrocínio.