Guará 53 anos – A cidade que construímos é a cidade que queremos?

Desde 2010, quando se iniciou o boom da construção civil no DF, a população guaraense teve um significativo crescimento demográfico e socioeconômico e recebeu, por causa disso, um importante reforço nos setores produtivos, com a chegada de grandes redes comerciais

De sua criação até hoje, o Guará mudou muito. Em especial na última década, quando a cidade viu uma melhora significativa na oferta de bens e serviços. É latente o crescimento do setor gastronômico e de lazer. Os bons restaurantes saíram do shopping e chegaram às ruas. Aliás, os guaraenses saíram às ruas. Os eventos de praça e a céu aberto multiplicaram-se e resgataram o sentimento bairrista na comunidade – nos meses de seca, são vários eventos abertos por final de semana para curtir de graça. Eventos familiares, organizados por guaraenses, sem ou com muito pouca ajuda do poder público. Os restaurantes da cidade mantêm-se lotados, os bares bem frequentados, as quadras, as igrejas, e até mesmo a rua foi apropriada pelos moradores. O comércio foi reforçado com a chegada de grandes redes supermercadistas e de materiais de construção, o que mostra o crescimento socioeconômico da comunidade guaraense, principalmente com a chegada de novos moradores atraídos pelos grandes investimentos imobiliários. Desde 2010, Guará passou a ser a menina dos olhos das grandes incorporadoras, com lançamentos de condomínios residenciais de alto padrão, tanto na área urbana da cidade como no Setor Park Sul, antigo SOF Sul, que tem se tornado inclusive num importante polo hoteleiro do DF.
Além dos condomínios verticais, a cidade cresce também na horizontal, com a ocupação da chamada “Expansão do Guará”, composta pelas QEs 48 a 58, na área entre as QEs 38, 42, 44 e Setor Iapi, onde estão sendo erguidas cerca de 1700 novas casas e 100 comércios, o que tem ajudado a alavancar a ecomomia local.
Foi também nesta última década que o Parque do Guará foi desocupado e a Escola Técnica foi entregue. São duas conquistas importantes, ainda que parciais. O Parque Ezechias Heringer ainda aguarda a implantação de seu Plano Diretor e receba a revitalização prevista, mas, como primeiro passo, está recebendo seu novo cercamento.
A Escola Técnica é um avanço na educação da cidade, mas outros são necessários. É preciso universalizar o acesso, principalmente para as mães que precisam trabalhar, investindo em creches e há uma promessa do governo de construir uma creche pública ao lado do Centrão, entre as QEs 17 e 19, até 2022.
Na área da saúde pública, o Hospital Regional do Guará e as Unidades Básicas de Saúde (UBS) receberam significativas melhorias, embora ainda careçam de mais profissionais, e a expectativa agora é pela implantação da Unidade de Pronto Atendimento, que deverá ser construída ainda este ano na QI 23 do Guará II.

Crescimento

Na última década, as mudanças foram constantes e drásticas. Guará, enfim, estabeleceu-se como núcleo urbano e se livrou da pecha de “cidade dormitório”. Em algumas áreas, as mudanças foram mais radicais que outras, como na avenida central e na avenida contorno do Guará II. A partir das distorções do Plano Diretor Local (PDL), que permitiram o avanço vertical dos prédios em frente ao Setor de Oficinas e QE 40, e uma nova área residencial no Setor de Oficinas Sul (SOF Sul), iniciando um longo processo de gentrificação que dura até hoje – a gentrificação é quando, em um processo de revitalização de uma área urbana, uma classe economicamente mais favorecida passa a ocupar o espaço de uma comunidade ali estabelecida anteriormente.
Essa ação é bem clara no contorno do Guará II, principalmente no embate entre os moradores dos novos prédios residenciais de alto e médio padrão e os tradicionais ferros-velhos e oficinas que ali estão instalados há anos. Quando os prédios foram construídos, as oficinas mecânicas, lojas de eletrônicos e toda sorte de estabelecimento comercial funcionavam na AE 2A, QE 40 e SOF Sul, mas agora, aos poucos, são substituídas por padarias, lanchonetes e restaurantes, para atender aos novos moradores. Quem resiste sofre com as constantes reclamações dos novos moradores, que não admitem morar ao lado de carros desmontados para conserto, ainda que sejam anteriores aos elegantes apartamentos.
Situação ainda pior é o do Polo de Moda, hoje um grande setor residencial. Criado para ser um polo comercial e industrial, com vocação para a indústria têxtil, para competir com nossos vizinhos goianos, os longos anos sem infraestrutura básica, incentivos fiscais e sequer transporte público adequado aos trabalhadores inviabilizou a maioria das fábricas de roupas. Com isso, os proprietários acabaram aos poucos dividindo seus prédios em pequenos apartamentos de quarto e sala. Ali, nem mesmo o ordenamento de trânsito, que, deveria dar sentido único ao tráfego nas ruas internas, para evitar engarrafamentos e confusões, conseguiu ser realizado até hoje.

Ocupações irregulares

As invasões de área pública fazem parte da história do Guará. Começaram com o avanço das grades em frente às casas, continuaram com o cercamento dos prédios residenciais, a ocupação dos becos e o fundo das casas viradas para o calçadão. Depois, vieram os quiosques e a ocupação do Parque Ezechias Heringer. Muito pouco foi feito para combater essas invasões, com exceção da retirada dos ocupantes do parque.
O poder público, em alguns casos, foi um grande incentivador, quando, por exemplo, ajudou na distribuição de quiosques pelo Guará, sob o pretexto de regularizá-los. Foi criada até uma rua comercial ao longo da linha do trem na QE 40, em área considerada de segurança pela Rede Ferroviária Federal. Boa parte das questões levantadas aqui, por negligência ou anuência do poder público na cidade, se dá pela perda gradual da autonomia política do Guará nas últimas décadas. Aos poucos, a Administração Regional do Guará foi desaparelhada e afastada do gabinete do governador até transformar-se em um mero cartório de recebimento de documentos e ouvidoria para receber reclamações e reivindicações, e serviços de tapa-buracos e pequenos reparos em áreas públicas.

Qualidade de vida

Mas, colocando o Guará na perspectiva das demais cidades do Distrito Federal, somos privilegiados. O projeto urbanístico planejado contribui muito para a qualidade de vida dos moradores. São praças, áreas verdes, vias amplas e comércio próximo que difere o Guará de todas as outras cidades do DF. Ainda que novas projeções cheguem à cidade, esses novos prédios já estavam previstos há muito tempo, e não atrapalham o dia a dia da comunidade. As distorções neste planejamento podem causar muitos transtornos e é preciso ficar atento a como a cidade cresce, para que os que aqui residem, e pretendem ficar, tenham sempre o mesmo Guará para viver.

 

População é de 140 mil

A população do Guará ainda não ultrapassou os 140 mil habitantes, número abaixo da expectativa da própria comunidade e do mercado. A informação corrente é que a cidade teria no mínimo 150 mil habitantes, mas há quem trabalhe com a possibilidade de até 170 mil e outros exageram para 200 mil. A quantidade correta deve ser confirmada pela Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílio (PDAD), que começou a levantar os dados dos moradores de todo o Distrito Federal em setembro do ano passado para ser anunciada no segundo semestre deste ano.
Essa população de cerca de 140 mil habitantes representa o crescimento vegetativo (a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade) sobre o próprio levantamento do PDAD de 2018, que apurou que o Guará tinha na época 134.255 moradores. Outro levantamento do Tribunal Regional Eleitoral de 2020 eleva essa quantidade para 137 mil dois anos depois. Além do crescimento vegetativo, nesse período a cidade recebeu entre 2 mil e 3 mil novos moradores, que vieram ocupar as moradias oferecidas por novos edifícios residenciais, a maior parte delas na região do Park Sul, que pertence à Região Administrativa 10, e na Expansão do Guará (QEs 48 a 58).
Um outro estudo da Codeplan divulgado em 2020, denominado “Projeções Populacionais para as Regiões Administrativas 2010-2020”, baseado em informações das secretarias de Saúde, de Gestão do Território e Habitação do Distrito Federal (Sedhab), da Caesb e da CEB, com a ajuda de imagens de satélite do Google Earth e do Geoportal do GDF, projetava a população do Guará em 140.056 habitantes há um ano. Esse estudo é feito anualmente para subsidiar o governo nas suas ações nas áreas sociais, de saúde e de infraestrutura. Um gestor escolar, por exemplo, precisa estimar com a máxima precisão possível quantas vagas ofertar na creche de uma determinada região administrativa, e também para planejar a demanda de vagas hospitalares da rede pública, campanhas de vacinação, entre outros dados necessários para o planejamento governamental.
Já o Tribunal Regional Eleitoral, em seu último levantamento, do início de 2021, calcula que a Região Administrativa do Guará tinha cerca de 137 mil habitantes, com 103 mil eleitores – a 9ª Zona Eleitoral tem no total 128 mil eleitores, mas 22 mil são da Região da Estrutural/SCIA, que continua subordinada eleitoralmente ao cartório do Guará. A projeção do TRE é que o eleitorado da cidade chegue a 107 mil nas eleições de 2022, para uma população estimada de 141 mil pessoas.

Como é constituída a população do Guará

De acordo com o PDAD de 2018, dos 134.255 moradores do Guará, 53,8% (72.064) é composto do sexo feminino, e 46.2% (61.938) do sexo masculino. O dado curioso da pesquisa é que 71,476 (53,3%) pessoas haviam nascido aqui, e outras 62.515 (46,7%) em outros locais.
A média de idade era de 35,6 anos e renda média domiciliar de R$ 9.201.

Média de idade sobe no DF

A projeção da Codeplan indica uma expressiva redução da participação da população mais jovem (de 0 a 14 anos) e um aumento importante da participação da população idosa (de 60 anos e mais) no Distrito Federal de 2010 a 2020. A população com menos de 15 anos de idade, que correspondia a 24,7% da população do DF em 2010, corresponderá a menos de 17,5% em 2030. Em compensação, a população idosa passará de 7,6% da população total em 2010, para 16,6% em 2030.
O aumento no índice de envelhecimento aponta que, em 2030, para cada 100 pessoas em idades menores que 15 anos, haverá 95 idosos, o que representa mais do que o dobro do valor registrado em 2010, que era de 30 idosos para cada 100 jovens.
A diminuição da população com idades de 15 a 59 anos, que apresenta grande capacidade produtiva, e o aumento da pressão de demanda dos grupos etários dependentes (idosos e menores de 15 anos) ocasionarão o fim do bônus demográfico no Distrito Federal.

 

Cidade vai receber mais 40 mil habitantes nos próximos anos

Além da ocupação das seis quadras (QEs 48, 50, 52, 54, 56 e 58) da Expansão do Guará, a cidade vai receber três grandes quadras residenciais nos próximos anos – a QE 60, no terreno conhecido como “Área da Tasa”, entre a QE 46 e o Setor de Motéis, Postos e Concessionárias, o Setor Quaresmeira, entre o Guará Park, a SQB e a EPTG, e ainda o Centro Metropolitano, entre Guará I e II, às margens da futura Avenida das Cidades. A previsão é que sejam ofertadas cerca de 18 mil novas moradias para cerca 40 mil habitantes. E não se trata mais de propostas, mas de projetos concretos, porque os estudos para a criação dos novos setores estão bem avançados.
A Secretaria de Desen-volvimento Urbano e Habi-tação (Seduh) aprovou o Estudo Territorial Urbanístico (ETU) aplicável aos setores habitacionais Jóquei Clube, em Vicente Pires, e Quaresmeira, no Guará. Os dois novos setores ficarão separados apenas pela via EPTG. O ETU é o primeiro estudo necessário para possibilitar o início do processo de parcelamento do solo urbano, com previsão de beneficiar uma população estimada em 56 mil habitantes nos dois setores, 15 mil somente do lado da Quaresmeira, na Região do Guará.
O Jóquei Clube, que pertencia à Região do Guará até 2016 e foi transferido para a Região Administrativa de Vicente Pires, tem 258 hectares. A previsão é de que o local abrigue mais de 38 mil habitantes. A área abrange as antigas instalações do Jockey de Brasília, hoje fora de funcionamento. O Setor Quaresmeira é constituído de um lote e de áreas desocupadas às margens da EPTG, na proximidade do Superquadra Brasília (SQB) e ao lado da linha férrea.

QE 60 está com tudo quase pronto para começar

Está praticamente tudo pronto para a implantação da nova quadra do Guará, a QE 60, entre a QE 46 e o Setor de Postos, Motéis e Concessionárias, na Saída Sul. A quadra será formada apenas por edifícios verticais de uso unifamiliar – não haverá lote para casa – e vai abrigar cerca de 8 mil moradores em cerca de 3 mil apartamentos, salas e lojas (20% será destinada a comércio e serviços). Os edifícios terão altura máxima de seis pavimentos.
A nova quadra vai ocupar o terreno de 7.990 metros quadrados que pertencia à Telecomunicações Aeronáuticas S/A (Tasa), uma subsidiária da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infra-ero). Serão 107 lotes para projeções, distribuídos em quatro quadras, divididas em quatro praças, sendo que 92 lotes serão para uso misto (comércio no térreo e serviço e residência nos outros andares).

 

Começo com um mutirão

Ainda nos primeiros anos da nova capital da República, uma pequena vila de trabalhadores passou a chamar a atenção de autoridades, arquitetos, urbanistas e engenheiros. A pequena vila atraia olhares pelo modo com que foi construída, através sistema de mutirão. A aglomeração foi batizada com o mesmo nome do bonito córrego que a ladeava e é um dos formadores do lago Paranoá, o córrego Guará, que banha a região, e se origina do Lobo Guará, espécie comum no cerrado brasileiro. A palavra Guará deriva do tupi auará, que significa “vermelho” e é associada tanto ao lobo Guará quanto à ave Guará.
A cidade começou a ser implantada em setembro de 1967, com a denominação de Setor Residencial de Indústria e Abastecimento (SRIA) com a finalidade de abrigar trabalhadores do Setor de Industria e Abastecimento (SIA), além de moradores de ocupações irregulares e funcionários públicos. Seus primeiros habitantes foram os funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que construíram suas próprias casas. O projeto do então prefeito de Brasília, Plínio Catanhede, previa apenas algumas quadras, composta de pequenas casas para os trabalhadores de Brasília. Os próprios participantes construiriam suas residências em mutirão. Os interessados em viver aqui, reuniam-se em grupos e rua a rua foram construindo o Guará I. Após cada rua ser finalizada, um sorteio definia quem teria direito a que casa. O mutirão começou pela QE 5 e seguiu pelas QEs e QIs 1 e 3.
A Sociedade de Interesse Habitacional (Shis) desenvolveu o projeto e a Novacap o executou. O próprio presidente da empresa, o engenheiro Rogério de Freitas Cunha, coordenou o mutirão. O governo fornecia o material para a construção e os futuros moradores construíam as casas. Em 21 de abril de 1969 foi inaugurado o primeiro trecho, chamado SRIA I, atual Guará I. Ainda no mesmo ano, a Novacap e a Shis ampliaram a área de ocupação, surgindo o segundo trecho, denominado Guará II, inaugurado em 2 de março de 1972, com o objetivo de atender aos funcionários públicos de menor renda transferidos para Brasília junto com os últimos ministérios, além de industriários e comerciários, desta vez com os imóveis financiados pelo BNH.
Quando foi oficialmente inaugurada em 5 de maio de 1969, o Guará tinha 2.623 casas construídas e 1.021 em construção. A partir daí, a Shis começou a construção de mais 3 mil casas, destinadas a servidores do governo que não tinham residência própria. Somadas às do mutirão, essas mais de seis mil casas formaram o núcleo inicial do Guará, ocupando uma área de 2,994 quilômetros quadrados. Em 1971, o Guará foi ampliado e passou a ocupar área de 8,1 mil quilômetros quadrados.

Nova fase

A poeira nas ruas, a falta de estrutura e o preconceito fez com que muitos agraciados com as novas casas desistissem de vir para a cidade. Muitos trocaram os imóveis por lotes em outras cidades, como Ceilândia e Taguatinga, outros simplesmente abriram mão de seus empregos e voltaram para o Rio de Janeiro, de onde veio a maior parte dos servidores transferidos. Assustados, esses servidores de menor renda vendiam as casas por preços irrisórios ou as abandonavam.
A Região Administrativa X (RA X) somente seria criada em 1989, com a denominação oficial de Guará, por meio da Lei nº 49 e seu Decreto nº 11.921, ambos de 25 de outubro, que estabeleceu a divisão do Distrito Federal em 12 regiões administrativas, entre elas o Guará, desvinculando-o da RA I (Brasília).
Com a cidade concretizada e em franco desenvolvimento, o governador José Ornellas, em 1985, no último ano de seu governo, criou a QE 38 para assentar 523 famílias que viviam na Vila da CEB, Vila União, Vila Socó e Guarazinho. No processo de assentamento, pessoas de todo o DF aproveitaram para se instalar na nova quadra, como as famílias oriundas das invasões da 110 Norte. Como aconteceu no início da formação da cidade, parte dos destinatários dos lotes também viu neles não uma oportunidade de viver bem, mas de negócio e os venderam por preços abaixo do mercado imobiliário.

Crescimento

A Feira Permanente do Guará foi criada em 1983 e até hoje é símbolo da cidade e um dos centros de compras mais tradicionais do DF. Em 1984, foi criado o Setor de Oficinas do Guará, atendendo aos apelos dos moradores incomodados com o barulho das oficinas que funcionavam em residências. A partir de 1986, iniciou-se a implantação das Quadras Econômicas Lúcio Costa (QELC), contíguas à EPTG e resultado do plano “Brasília Revisitada”, de autoria do urbanista. E em março de 1990, o Guará II se expandiu para além do anel viário, com as quadras QE 42 a 44, onde mais de 400 famílias foram assentadas. Em 1987. começou a implantação da QE 40 e três anos depois foi estendida com a criação do Polo de Moda.
Posteriormente, do território ocupado pela RA X foram criadas as regiões administrativas do SIA (RA XXIX) e do SCIA (RA XXV). Em 1997, no finalzinho do Governo Roriz, foi criada a QE 46, onde foram assentados apadrinhados do governo e não inquilinos de baixa renda como era o previsto.
Atualmente, a Região Administrativa do Guará é interceptada pelas principais artérias e rodovias que conectam os mais importantes centros urbanos do Distrito Federal, assim como os centros regionais, sendo favorecida, também, pela sua proximidade ao aeroporto. Isso faz dela um importante ponto estratégico que estimulou, ao longo do tempo, sua consolidação como um dos mais dinâmicos polos de comércio, lazer e serviços do DF, com oferta de shoppings, hipermercados, bares e restaurantes, o que faz do Guará uma das cidades mais autônomas em relação ao Plano Piloto.