CLAUDIVAN SANTIAGO – A paixão pela viola caipira e a fama pelas mãos de Sérgio Reis

DCIM100MEDIADJI_0667.JPG

O guaraense Claudivan Santiago – mora na quadra Lúcio Costa desde 2014 – é hoje um dos maiores expoentes da viola caipira no Distrito Federal e passou a ser conhecido também nacionalmente através do cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis. Mas esse reconhecimento veio de uma simbiose entre a música e a política, por essas boas coincidências da vida.
A vida musical de Claudivan, 50 anos, começou aos 15 anos, ao acompanhar o pai, Raimundinho Tocador, em bailes e festas no Norte goiano, hoje Tocantins. Criado pelos avós paternos até os 13 anos, ele foi morar com o pai aos 14 em Araguaína, quando começou sua aventura musical. Quando adulto, resolveu seguir carreira solo, entremeada com a vida de comunicador social – foi repórter de Globo, SBT e Band no Tocantins. Nesse período, compunha, participava de festivais e tocava na noite e em eventos, mas violão. Tocava sertanejo, axé, pagode… tudo. Sempre acompanhando um cantor.
Por sua carreira de comunicador, foi convidado para assessorar um deputado tocantinense na Câmara dos Deputados. Por lá ficou mais dois mandatos, com um senador e outro deputado, até que em 2014 ficou conhecendo o então eleito deputado federal por São Paulo, o cantor Sérgio Reis. “Resolvi, com a cara e a coragem, oferecer meus serviços a ele, para continuar trabalhando na Câmara. Me ofereci como profissional e não como músico. No mesmo dia da entrevista, ele me contratou, mas até então não sabia que eu era músico”, conta.

Viola caipira descoberta em Brasília

Foi em Brasília que ele passou a ter contato e a tocar a viola caipira – não muito comum no Tocantins -, que é diferente do violão, por ter apenas seis cordas (duas duplas) e o violão tem oito cordas. Começou a tocar em 2005 e em 2008 já havia gravado seu primeiro disco, todo instrumental e com músicas próprias – tem cinco discos gravados, todos autorais. Mas o emprego da voz entrou na vida de Claudivan por acaso. Ou, melhor por um desafio e uma necessidade. “Como não gostava da minha voz, apenas tocava violão. Um dia, me ofereci para tocar num restaurante, mas precisava de alguém para cantar. Convidei uma amiga que me acompanhava e ela me disse que não estávamos mais na fase de cantar em restaurantes, sendo que não havíamos ainda conquistado nada. Foi aí que resolvi cantar também, com a ajuda de uma fonoaudióloga e de uma professora de música”. Deu certo. A voz se assemelha às Almir Sater, Rolando Boldrin e Renato Teixeira, em quem diz se espelhar.
Depois que ficou sabendo que tinha um violeiro no seu gabinete, Sérgio Reis o convidou para acompanhá-lo em apresentações em TVs e shows. Nascia aí a parceria, que dura até hoje – Sérgio Reis não foi reeleito em 2018, mas eles continuam se apresentando juntos de vez em quando. Os dois já fizeram shows no aniversário do ex-presidente Michel Temer, em várias regiões do país e em programas de televisão.