Em mais uma operação para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue no Guará, foram retiradas 21 carcaças de veículos que estavam no pátio da Administração Regional e levados para o 3º Distrito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), em Samambaia.
Algumas das carcaças estavam no local há mais de dez anos e a retirada era uma demanda antiga, porque havia o risco das carcaças acumularem água parada e virarem hospedeiras do mosquito Aedes aegypti. “Era uma demanda antiga e conseguimos mobilizar a mudança para promover a saúde dos próprios servidores da Administração e evitar que sejam contaminados”, afirma a administradora do Guará, Luciane Quintana.
O diretor de obras do Guará, Gabriel Ximenes, explica que o maior empecilho para cumprir o pedido de remoção das carcaças era a falta de local para a realocação do que sobrou dos antigos carros. “Até então, não tínhamos nenhum órgão que pudesse receber esses veículos, já que muitos foram apreendidos e estão em processos judiciais”.
Abrigo para outros animais
Além do problema com mosquitos, de acordo com o coordenador do Polo Central do GDF Presente, Carlos Alberto dos Santos, as carcaças poderiam ser também abrigo de ratos, cobras e insetos, como escorpiões e lacraias. “Esses bichos podem se esconder dentro dos carros e até no mato que cresce ao redor, sendo um risco aos servidores”.
As carcaças estavam distribuídas em quatro pontos do pátio: dois servem para estacionamento e outros dois para descarte de entulho que, posteriormente, é levado para a Estrutural. Entre os modelos dos carros, havia caminhonetes, Kombis e Fuscas, a maioria sem os motores e outras partes da estrutura, como pneus e volantes.
A remoção foi realizada por dois caminhões munck, conhecidos também como guindastes articulados, cedidos pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e Departamento Estadual de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), um caminhão com carroceria, oferecido pela Administração Regional do Cruzeiro, e uma pá mecânica, de posse do Guará.
Edivaldo Vieira, 46 anos, trabalha na administração guaraense desde 2017, como motorista da pá mecânica. Nesta semana, ele foi o responsável por abrir caminho entre as carcaças e a saída do pátio, já que havia tocos de madeira e outros obstáculos próximos aos veículos, que poderiam atrapalhar a locomoção dos guindastes. “Outras vezes já trocamos os carros de lugar, para tirar o matagal e evitar o acúmulo de água, principalmente na época de chuva. A preocupação maior é sempre prevenir a dengue”, conta.