Assassinado pelo sobrinho com uma facada no peito na frente da mãe e de dois policiais militares nesta quinta-feira, 15 de setembro, na Octogonal 4, Marco Aurélio Rodrigues, 56 anos era servidor do Hospital Regional do Guará há mais de 15 anos. Ele trabalhava no preenchimento de fichas dos pacientes que iriam ser atendidos no Pronto Socorro.
Marco Aurélio tentava proteger a mãe, que estava sendo ameaçada pelo sobrinho Wilker Maia Santos, 26 anos, morador de rua, que de vez em quando ia ao apartamento da vó tomar banho e lanchar. Tio e sobrinho se desentenderam e, diante do agressividade apresentada por Wilker, Marco Aurélio preferiu chamar a polícia para contê-lo. A chegada dos policiais aumentou a ira do rapaz, que deu facadas no peito e no tórax do tio sem que desse tempo dos policiais contê-lo. A mãe também presenciou o assassinato do filho pelo sobrinho.
Negligência dos policiais?
Na delegacia, Wilker disse que teria sido ameaçado pelo tio, que portava uma barra de ferro, fato confirmado pelas câmeras de segurança do edifício onde morava a senhora. Pelas imagens, percebe-se o servidor ao lado dos policiais segurando a barra de ferro em direção à entrada do elevador.
Marcos Aurélio morava na Asa Sul e ocupava o cargo de Analista de Gestão Pública de Saúde no Hospital Regional do Guará. Ele foi homenageado pela Câmara Legislativa no ano passado, quando o vice-presidente da casa, deputado distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) entregou uma moção de louvor aos servidores da Região Centro-Sul da Secretaria de Saúde pela atuação deles durante a pandemia.
Em nota, a PMDF confirmou que estava no local na hora do crime e informou que Marcos Aurélio acionou os policiais porque era ameaçado pelo sobrinho.
“No momento em que o rapaz de 26 anos abriu a porta, o tio partiu para as vias de fato. Porém, o sobrinho estava na posse de uma faca e conseguiu desferir alguns golpes com a arma branca. O autor foi contido pelos policiais militares e preso. O CBMDF foi acionado rapidamente, porém, o senhor de 56 anos veio a óbito no local. A perícia foi acionada, e o autor, conduzido à delegacia”, detalhou a PMDF, em nota.
A família de Marco Aurélio pensa em processar a Polícia Militar por negligência, porque três militares estavam presentes no momento do crime e não conseguiram conter o agressor.