O Distrito Federal recebe o 1º Festival Internacional de Cinema Ambiental Calango de 3 a 8 de outubro com exibição de sete filmes em sessões abertas para o público e 28 filmes para escolas públicas do DF, entre documentários, animações e ficção.
No total, serão 52 sessões gratuitas de cinema nas regiões de Taguatinga, Vicente Pires, Águas Claras, Arniqueira e Guará com rodas de conversa e debates depois dos filmes.
Como parte das ações formativas, além da exibição de filmes para escolas públicas, o festival vai oferecer oficinas de audiovisual com celular para os alunos e cinco sessões com legendagem inclusiva e audiodescrição para alunos portadores de deficiência. O festival também vai oferecer uma sessão para o lar de idosos Nunes Enfermagem, em Arniqueira.
A programação é composta por obras cinematográficas que convidam à reflexão sobre um urgente dilema ambiental que vivemos e das possíveis ações que podemos ter para um futuro mais sustentável.
Entre as atrações, o documentário Lixo Mutante com direção de Dani Minussi e Adriano Caron traz especialistas diretamente ligados à causa da sustentabilidade como catadores, acadêmicos, ativistas e artistas que apresentam possíveis caminhos para uma nova relação entre a sociedade, o indivíduo e os resíduos.
Outro destaque da programação é o filme A última floresta, com direção de Luiz Bolognesi, em que indígenas Yanomani, isolados na Amazônia, tentam manter vivos os espíritos da floresta e as tradições, enquanto a chegada de garimpeiros traz morte e doenças para a comunidade.
De acordo com a diretora do Festival Calango, Marina Olivier, fazer um festival de cinema ambiental no DF é de extrema importância, pois o Cerrado, mesmo tendo áreas de proteção, é um dos biomas mais ameaçados do país com constantes ações de degradação do solo para a produção agropecuária.
“Quando falamos de meio ambiente, além da preocupação em preservar a fauna e a flora, também estamos abordando questões como saúde pública, mobilidade urbana e gerações futuras. Assistir esses filmes é um baque em nossas vidas. É parar e pensar o que estamos fazendo para melhorar nossa permanência no planeta”, ressalta a diretora.
Ela ainda destaca a curadoria dos filmes, que foi feita por uma equipe muito competente e criteriosa. “Vimos muitos filmes e chegamos a um catálogo gratificante com destaque para produções com temáticas indígenas”, completa.
1º Festival Internacional de Cinema Ambiental Calango
Saiba mais: https://www.ficacalango.com.br/o-festival
3/10 (segunda-Feira)
Casa de Cultura do Guará (Guará II QE 25)
19h30
Filme: A mãe de todas as lutas
Direção: Susanna Lira
Duração: 84 minutos
Ano: 2020
País: Brasil
Sinopse: A Mãe de Todas as Lutas é um documentário que acompanha a trajetória de Shirley Krenak e Maria Zelzuita, mulheres que estão envolvidas diretamente com a luta pela terra no Brasil. O filme propõe relacionar a natureza como um corpo feminino, organismos que compartilham inclusive de violências e, portanto, possuem causas em comum. O documentário ainda ressalta a importância da atuação feminina nas pautas ambientais e apresenta questionamentos acerca das ações possíveis para um futuro sustentável, de todos.