Paulo Octávio desmente fake news de impugnação

Candidato ao governo, que esteve no Polo de Moda nesta terça-feira, 27 de setembro, dá a receita para um DF mais humano

Na visita ao Polo de Moda, acompanhado do filho e candidato André Kubistchek, Paulo Octávio ouviu demandas dos empresários da quadra

As seguidas tentativas de impugnação da candidatura de Paulo Octávio (PSD) ao GDF serão derrubadas. É o que garante o candidato, que também é presidente regional do partido. “Nosso opositor insiste em ganhar esta eleição no meio jurídico. Mas não vai conseguir. Vamos ter uma eleição correta, democrática e sem tapetão. Sempre confiei e acreditei na Justiça. Estamos tranquilos, pois todos os contratos que firmamos foram com cláusulas uniformes e em licitação pública”, completou.
Ele também revelou que decidiu concorrer ao GDF após ver tantos pedidos para que se candidatasse. “Entrei para a política, com a eleição de Joaquim Roriz e da minha sogra, Márcia Kubitschek, em 1990. E fizemos um governo extraordinário, criando cidades como Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo e Paranoá. Agora, estava analisando se voltava à vida pública, e comecei a ver as principais questões de Brasília – gente passando fome, desempregada, invasão para todos os lados, filas… E pensei: não posso faltar com meu compromisso com a cidade que amo”, completou. “Não estou nesta campanha por honra, vaidade ou poder. Estou nela por vontade de fazer e realizar um governo mais humano. As pessoas estão abandonadas”, definiu.
Paulo Octávio disse ainda que convidou o senador José Antônio Reguffe (sem partido-DF) para ser secretário de Saúde. “Eu e ele conversamos longamente e confesso que ele balançou. Vamos precisar de pessoas comprometidas com a cidade, independente de partidos políticos. Quero os melhores secretários para fazer uma administração inovadora, o que eu sei fazer”, relatou. “Tenho estudado muito a saúde. As pessoas não são atendidas nas UBSs e acabam nos hospitais, que estão lotados. Falta gestão na saúde. Por isso, a minha ideia é fazer policlínicas para atendimentos específicos e evitar o excesso de demanda nos hospitais”, disse.

Críticas às filas nos hospitais

PO também foi incisivo ao falar das filas. “Tem gente na fila de cirurgias há oito anos. Há dois meses falo que vou fazer um mutirão de cirurgias. Achei interessante que o governo atual mandou agora um edital para um mutirão de cirurgias. Agora? Não se faz isso há 12 anos. Não se usa a tecnologia a favor do cidadão. Se houver fila, vou estar no balcão. Não é possível que Brasília seja a cidade das filas – no Cras, nos hospitais, atrás de postos de trabalho e em todos os lugares”, disparou.
Ele detalhou ainda a meta de gerar 100 mil empregos em quatro anos. “Destes, 10 mil serão do GDF, pelas necessidades que temos nas áreas de saúde, que está sucateada, e segurança. Outros 90 mil virão da iniciativa privada. O que está faltando é sinergia entre governo, empresas e entidades. Precisamos de parceria e de mais escolas profissionalizantes, para preparar as pessoas”, avaliou. “Aqui é uma cidade enorme, com um potencial nunca explorado. Quero ser um governador que converse e atraia empresas e negócios para Brasília, para que seja a capital econômica do Centro-Oeste. Quero criar os pró-DFs nas cidades onde não existem”, ressaltou.
Na questão do transporte público, Paulo Octavio revelou ter planos para construir um VLT ligando o Recanto das Emas a Ceilândia e para a ampliação do Metrô à expansão de Samambaia. “Quanto a levá-lo à Asa Norte, temos de fazer o projeto. E se conseguir financiamentos, vamos buscar saídas para chegar também até Planaltina, que sofre muito. Mas podemos fazer um caminho pelo Paranoá, integrando com o Lago Norte para chegar ao centro”, contou. E falou do seu plano de tarifa zero no transporte.
“O transporte público tem de ser incentivado. Em quatro anos, quero implantar a tarifa zero, mas com o passar do tempo. Hoje, o governo já investe R$ 1 bilhão para subsidiar as empresas de ônibus. Com um pouco mais de recursos, que podem vir pela loteria, podemos zerar a tarifa. Quero escolher, já nos primeiros dias, cidades para implantar a tarifa zero, usando a TCB. Não dá para ver pessoas horas e horas de pé nos ônibus. Isso não pode acontecer”, concluiu.