A notícia aguardada há pelo menos três anos pelos moradores das QEs 48 a 58, foi finalmente confirmada nesta quinta-feira, 26 de janeiro, com a publicação do extrato do contrato com a empreiteira que vai realizar as obras de infraestrutura que ainda não chegaram às novas quadras, como asfalto e drenagem urbana. O contrato, no valor de R$ 15,699 mil, assinado pela Terracap com a construtora Artec, que venceu a licitação, contempla também obras nas QEs 38 e 44.
Conforme o contrato, o prazo de conclusão das obras é de dois anos, mas a expectativa da Terracap é que sejam concluídas em menos tempo.
As obras na parte que corresponde aos lotes distribuídos pelas cooperativas habitacionais, entre as QEs 54 e 58, estavam previstas desde 2022, mas sofreram atrasos por conta de contestação da licitação pelo Tribunal de Contas do DF e depois pelo atraso na liberação da licença ambiental por parte da Secretaria de Meio Ambiente.
Conforme o contrato, as obras envolvem a pavimentação das QEs 44, 56 e 58, e também concluir, nas QEs 38, 44, 48, 50, 52, 54, 56 e 58, os estacionamentos previstos no projeto urbanístico e a drenagem pluvial com ramais de ligação e captação (bocas de lobo).
Quadras vão receber 8 mil moradores
Quando a chamada Expansão do Guará estiver concluída, serão mais 8 mil moradores acrescidos à população da cidade, em mais de 1.600 lotes residenciais, sendo que metade destinada às cooperativas habitacionais e a outra metade vendida em leilões mensais promovidos pela Terracap. Logo na entrada do setor, no acesso pela via Guará-Núcleo Bandeirante, está sendo erguido um condomínio vertical com mais de 400 apartamentos para cerca de 1200 pessoas.
O ritmo acelerado das obras faz surgir a cada dia uma quantidade maior de novas casas e a chegada de novos moradores. E, à medida que o setor passa a ter ocupado por novos moradores, aumenta a demanda por oferta de comércio e serviço. A avenida principal, que separa a “cidade do servidor” do condomínio Iapi, começa a receber várias atividades empresariais em pouco tempo, como é caso de duas padarias, um supermercado e mais três lojas de material de construção.
Vendas começaram em 2010
Concebida para ser destinada aos servidores públicos – daí o apelido de “cidade do servidor” – a expansão deveria começar a ser ocupada em 2010, quando os lotes começaram a ser vendidos através de licitação. Antes, a Justiça, a pedido do Ministério Público, havia abortado a proposta do ex-governador José Roberto Arruda de priorizar a destinação aos servidores públicos, ao entender que seria ilegal privilegiar uma determinada categoria com a distribuição de terrenos públicos.
A ocupação sofreu atrasos logo no início da venda dos lotes, porque o Plano Diretor de Ocupação Territorial (PDOT) do Guará, aquele que foi irresponsavelmente alterado pela Câmara Legislativa para permitir a construção de arranha-céus na orla do Guará II, foi considerado ilegal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal. A decisão da Justiça impediu que a Administração Regional do Guará concedesse alvará de construção a quem havia adquirido lote na expansão. Nesse período, a Terracap teve que interromper as vendas de novos lotes. A situação foi somente resolvida em 2018, com a aprovação da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), que definiu o que poderia ser construído nas diferentes regiões do Distrito Federal.