Exposição ‘Sem sinal de chuva’ de Ana Júlia Vilela no Casa Park

Com um novo projeto curatorial e gestão da Tachotte & CO., no dia 9 de fevereiro, a partir das 18h, a Galeria Casa do Casapark abre sua programação de 2023 com a mostra “Sem sinal de chuva”, de Ana Julia Villela. Realizada em parceria com a Central Galeria (SP) e texto crítico da curadora Ana Roman, a exposição reúne trabalhos produzidos a partir de 2021 em pintura, desenho e objetos tridimensionais. Com eles, a artista visual dá continuação à sua pesquisa poética que transita entre a abstração, a figuração e o texto. A mostra fica em cartaz até o dia 25 de março, com visitação de terça a sábado, das 14h às 22h, e domingo, das 12h às 20h. A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. A Galeria Casa fica no Casapark, Piso Superior, dentro da Livraria da Travessa. No Instagram @galeria_casa.

Ana Júlia Vilela comenta que a mostra “Sem sinal de chuva” dá continuidade à sua produção que transita entre abstração, figuração e texto. É um prenúncio de um novo momento de sua pesquisa poética. “Esta é a minha quarta exposição individual e a primeira intitulada de uma maneira em que não há evento e nem sua previsão, só há a espera. Ela marca um ponto na minha produção que prenuncia o próximo: a morte dos milagres”, afirma a artista. As obras foram produzidas majoritariamente entre 2021 e 2022 e, nelas, a artista explora a noção de apagamento enquanto estrutura; de modo que os espaços pictóricos dos trabalhos se tornam mais amplos, mesmo em telas com dimensões menores. Textos e figuras, que antes se inscreviam nas telas, dão espaço para uma espécie de paisagem, deixando apenas seus vestígios.

“A operação de apagar e tornar paisagem, de certo modo, remete ao nosso momento psicoemocional coletivo, em que uma espécie de paralisia ansiosa parece nos atingir: esperamos, mas sem saber o que. Hoje, mesmo que saibamos que todo o mundo já está mapeado graças ao Google Maps e possamos acessar informações profundas sobre nosso código genético e ainda tendo a internet funcionando como um repositório de explicações para ‘tudo que existe no mundo’, somos defrontados com o medo da nossa pequenez.  Isso é, de alguma maneira, colocado em campo nos trabalhos reunidos na mostra, mas a partir de uma perspectiva bem-humorada e leve:  o contraste cromático, o apagamento dos escritos, os cemitérios, os fantasminhas camaradas e o sentimento de espera estão todos presentes”, completa Ana Júlia Vilela.

Tachotte&CO. + Galeria Casa

Com experiência no mercado de arte nacional e passagem por algumas das mais importantes galerias do país, a curadora e galerista Monica Tachotte, da Tachotte&CO. assume a curadoria da Galeria Casa com o objetivo de ampliar, complementar e comercializar as obras de arte de artistas que estão presentes em galerias fora do Distrito Federal. “As galerias de arte têm como missão gerar interesse sobre o trabalho dos artistas, estimular os colecionadores a ampliar seus acervos com obras de artistas em início ou meio de carreira ou mesmo os já consagrados pelo sistema de arte”, afirma a curadora.

Sobre Ana Júlia Vilela

Nascida em Belo Horizonte (MG), Ana Júlia Vilela vive e trabalha em São Paulo (SP). Seu trabalho transita entre o gráfico e o pictórico e reelabora a linguagem instantânea das redes sociais em uma iconografia própria, repleta de formas fluidas e narrativas não lineares. O texto é elemento recorrente em suas pinturas, desenhos e gravuras, configurando crônicas do cotidiano que mesclam humor, cultura pop e autoficção. Graduada em Artes Visuais pela UFPel (Pelotas, 2018), foi premiada no 43º Salão de Arte de Ribeirão Preto (2018) e recebeu MençãoHonrosa na Bienal das ArtesSesc-DF (Brasília, 2018), entre outros. Realizou exposições individuais na Fundação Ecarta (Porto Alegre, 2021); Central Galeria (São Paulo, 2021); MARP (Ribeirão Preto, 2019); Museu Municipal Casa da Memória (Cajamar, 2012).

 

Sobre Ana Roman

Ana Roman é mestre em Geografia pela FFLCH-USP e pós-graduada em Estudos Brasileiros pela FESP-SP. Foi curadora, curadora assistente e pesquisadora em diversas mostras realizadas em instituições culturais no Brasil, entre elas “Rever – Augusto de Campos” (2016), “Entre Construção e Apropriação: Antonio Dias, Geraldo de Barros e Rubens Gerchman nos anos 1960” (2018), “Black Stream”, de Alice Shintani (2019), entre outros. Foi curadora assistente da 34ª Bienal de São Paulo, é coordenadora de conteúdo do grupo de pesquisa Academia de Curadoria e contribui regularmente para o Piscina, plataforma virtual com foco em mulheres artistas e profissionais das artes. Atualmente é curadora do Pivô.

Sobre a Tachotte&CO.

Projeto criado por Monica Tachotte, a Galeria Tachotte&CO. combina trabalhos dos mercados primário e secundário das artes no Brasil. Com sua expertise no mercado de arte, além de trabalhar as produções artísticas mais recentes, a galeria movimenta as produções que já se encontram em mãos de colecionadores, como obras históricas de artistas consagrados. Tendo ações para promover as particularidades dos espaços culturais da cidade de Brasília, a Galeria Tachotte&CO. tem o objetivo de documentar, fomentar e difundir a produção artística, propondo estratégias curatoriais que estabeleçam um diálogo entre as diferentes gerações, por meio de perspectivas culturais de estímulo à prática das artes visuais e seus processos artísticos.

Sobre a Central Galeria

A Central celebra a criatividade, a tolerância e a diversidade, e busca ser um espaço inclusivo online e offline. Desde 2016 sob a direção de Fernanda Resstom, a galeria apresenta um programa que visa transbordar do espaço expositivo para seu entorno – seja através de exposições, conversas, publicações ou projetos especiais. Desde 2018, está instalada no subsolo do IABsp (Instituto dos Arquitetos do Brasil) no centro de São Paulo, o mesmo espaço que abrigou o Clubinho dos Artistas durante os anos 1940 e 1960, histórico ponto de encontro de artistas e intelectuais da época. A galeria tem como compromisso difundir as reflexões sobre a arte contemporânea, servindo como palco de experimentações e proposições do time de artistas e de curadores convidados. Também realiza diversos projetos em parceria com instituições, galerias e espaços independentes. “Representamos artistas cujas poéticas orbitam o universo da arquitetura e exploram a relação entre sujeito e paisagem urbana sob uma perspectiva decolonial. Temos como objetivo ser uma plataforma de projeção nacional e internacional dos nossos artistas, auxiliando no florescimento e reconhecimento de suas carreiras”, afirma a diretora.

 

Sem sinal de chuva

Mostra individual | de Ana Júlia Vilela

Pinturas e objetos tridimensionais

Abertura | 9 de fevereiro

                    A partir das 18h

Onde | Galeria Casa + Tachotte&CO.

              Casapark, Piso Superior, acesso pela Livraria da Travessa

Visitação | até 25/03/2023

                    De terça a sábado, das 14h às 22h

                    Domingo e feriados, das 12h às 20h

Entrada | Gratuita

Classificação Indicativa | Livre para todos os públicos

Instagram | @galeria_casa

Endereço | SGCV Lote 22, Brasília – DF

Contatos | +55 (61) 3403-5300

                    @casapark

Agradecimentos | Central Galeria (SP)