Nascido em 2018 com o propósito de ressignificar o Setor Comercial Sul, no Plano Piloto, ao trazer para o espaço uma nova maneira de se relacionar com a cidade, o Festival Beco Elétrico assume um novo formato, atravessa o Eixão Sul e desembarca no Guará. A iniciativa conta com o fomento do FAC – Fundo de Apoio à Cultura do DF.
De escopo estruturado sobre as distintas narrativas da cultura eletrônica underground, o Festival chega à Casa de Cultura do Guará e Arena do Cave, nos meses de junho e julho, com o nome de “Fora do Beco”. Inquieta e a fim de alcançar novos públicos, a organização adequou o projeto para chegar a esses dois locais de grande importância para o Guará e o Distrito Federal.
Enquanto a Casa irá abrigar a mentoria ‘Tornando-se um DJ’, a Arena, no dia 1º de julho, será palco para oficina e campeonato de Skate, além de performances e apresentações de DJs do DF e de outras regiões do Brasil, ao longo de 17 horas ininterruptas.
Ainda dentro da programação formativa, a organização abriu quatro vagas de estágio remunerado nas áreas de produção, cenografia e design. “A ideia é apresentar a essas pessoas as etapas de realização de um evento cultural e inseri-las nesse setor da economia criativa”, justifica a organização.
O Fora do Beco tem como primeira ação a mentoria ‘Tornando-se um DJ’, entre os dias 20 de junho e 14 de julho, para 10 pessoas maiores de idade. Coordenada pela DJ School, responsável pela formação de centenas de DJs no DF, a oficina vai apresentar os fundamentos em técnicas de áudio e acústica, teoria musical e técnicas de DJing. Inscrições e mais informações em @becoeletrico no Instagram.
A imersão do público no universo alternativo da cultura eletrônica e do Skate será na Arena do Cave. Com entrada franca, o Festival terá início às 14h, do dia 1º de julho, até às 7h, do dia seguinte. A programação começa com uma oficina de Skate, das 14h às 17h, seguida de competição e apresentação de Nego Bala e Vini, dois expoentes do esporte, até às 19h.
A programação de Skate será ACESSÍVEL a pessoas cegas, com acompanhamento de monitores, a surdos, com Intérprete de Libras, e a pessoas com deficiência motora. Toda a ação vai dispor de equipamentos que auxiliem a participação dessas pessoas.
Noite adentro, com uma cenografia inovadora, iluminação pensada para oferecer uma experiência eletrizante, instalações cenográficas interativas e projeções mapeadas, a Arena do Cave se transformará, a partir das 19h, em uma grande pista de dança a céu aberto. Durante as 17 horas de festa, se apresentarão nove DJs e oito performers.
Line-up de DJs
Agrabah, de Curitiba (PR). Explorando as raízes e vertentes da House e da Disco Music, Agrabah faz da versatilidade entre esses gêneros a inspiração para sua assinatura. DJ e pesquisadora curiosa, brinca com os sons do oldschool dos anos 80 e 90, às vezes fluindo pelos beats em 4×4, às vezes mergulhando nos grooves do Break Beat, trazendo até mesmo sons não convencionais de diferentes partes do mundo para as pistas de dança.
Broken, de Brasília (DF). Representa a nova geração do Drum and Bass e é referência no DF. Suas produções estão espalhadas por vários selos da américa latina o que o levou a figurar em reportagem na revista DJ Mag da Espanha.
Caio Prince, de São Paulo (SP). Por onde passa, promove a cultura periférica e principalmente a cultura do funk, onde é conhecido por suas curadorias únicas. Em 2023, o artista foi convidado para se apresentar no Festival Lollapalooza, podendo assim se destacar ainda mais na cena e propagar a cultura do funk a todas as classes sociais. O seu ideal através da música é fomentar e propagar a cultura preta, LGBTQIAP+.
Confronto Soundsytem, de Brasília (DF), é formado por Rei Zula, El Roquer, Jetson e Ogro é sinônimo de festa na rua que reúne os mais diversos tipos de pessoas de forma livre e democrática. A equipe de som reverencia toda a tradição da cultura do sound system jamaicano até chegar nas mais diversas misturas com sons eletrônicos.
CXXJU, de Brasília (DF), é a idealizadora e residente de projetos como Belzebaile, Beco Elétrico e Haus it. De suas pick-ups, as essências de House, Techno, Electro e Breaks numa viagem energizante com melodias eufóricas.
Giograng, de Brasília (DF). Produtora musical, residente do coletivo brasiliense Espaço Vazio, suas tracks e pesquisas refletem a paixão por IDM e revelam influências da música eletrônica atmosférica e espacial.
Aeva, de Brasília (DF), na cena ballroom, conheceu mais sobre musicalidade através da dança e se apaixonou de vez por música eletrônica. Já tocou em festas como Mamba Negra, Vapor, Trema, Lust e Fuse. Sua pesquisa busca proporcionar uma viagem pelos sentidos através da sonoridade, explorando graves marcantes e ritmos acelerados que estimulam a movimentação e estados de euforia.
Leriss, de Brasília (DF), é presente em lines de festas e festivais nacionais como Vapo_r, Trama, VGLNT, Picnik, Lust e Velcro Choque. Seus sets dinâmicos flutuam entre breakbeat, electro, techno e house.
Madamy é performer, produtor cultural e DJ residente do Coletivo Limbo no DF. Atua cada vez mais em projetos da música eletrônica underground do DF e produz diversos projetos, entre eles o Festival Beco Elétrico e a Trama Festival. Bixa não binária, tem como foco de trabalho a pesquisa e curadoria em ocupar espaços para garantir a existência, a partir da resistência.
Serviço:
Fora do Beco
Dia e horário: 1ª de julho, sábado, das 14h às 7h
Locais: Casa de Cultura do Guará e Arena do Cave
Endereço: Guará II QE 17 AE
Entrada franca, mediante retirada de ingressos em http://instagram.com/becoeletrico
Informações: http://instagram.com/becoeletrico – http://twitter.com/becoeletrico
Classificação etária: livre, das 14h às 19h, e maiores de 18 anos, das 19h às 7h
Programação:
Local: Arena do Cave
Oficina de Skate, das 14h às 17h
Competição de Skate e Apresentação de Skatistas: das 17h às 19h
Fora do Beco, das 19h às 7h. DJs: Caio Prince (São Paulo); Agrabah (Curitiba); Broken; Confronto Soundsystem; CXXJU; Giograng b2b Aeva; e Madamy b2b Leriss
Acessibilidade:
O evento contará com banheiros químicos, locais abertos e caminhos com rampas visando a possibilidade de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, edificações, informação, comunicação, instalações abertas ao público, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.