Guará não revelou apenas Renaldo, Lúcio, Túlio Guerreiro e Reinier para o futebol profissional. A atacante Gabi Portilho, campeã paulista pelo Corinthians neste domingo, na goleada de 4 a 1 sobre o São Paulo, nasceu e foi criada no Guará, de onde saiu aos 16 anos para jogar em times de Santa Catarina.
Desde quando foi contratada pelo Corinthians no início de 2020, Gabrielle Jordão Portilho, 28 anos, tem sido um dos destaques do time, o que rendeu a ela duas convocações recentes para a seleção, com a técnica Pia Sundhage no ano passado e agora com Artur Elias para os jogos amistosos contra o Japão, dia 30 de novembro, e Nicarágua, dia 6 de dezembro.
Seleções brasileiras
A camisa da seleção brasileira não é novidade para a craque guaraense. Ela já defendeu as seleções sub-17, no Mundial do Azerbaijão, em 2012, e sub-20, em 2014. Em 2017, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira principal, mas foi cortada por causa de uma lesão no joelho.
De acordo com a mãe, Verônica, que mora na QI 9 do Guará I numa casa presenteada pela filha, Gabi começou a jogar aos 7 anos de idade, na rua da QE 34, onde moravam, nas peladas com os meninos da rua. Incentivada pelo pai, Sued, que viu potencial nela, passou a ser convidada para jogar em outros locais até se destacar na escolinha do Colégio Notre Dame (Asa Sul), onde estudava. Lá, ela foi descoberta por um olheiro e levada para jogar em times de Santa Catarina e em 2013 foi parar no Kindermann, um time empresa da cidade de Caçador (SC), que disputa o Campeonato Brasileiro, série A1, onde foi vice-campeã brasileira em 2014.
Gabi Portilho passou ainda pelo São José (SP), Osasco (SP) e 3 B (Amazonas) e jogou no Real Madrid (Espanha) de 2015 a 2017, mas a contusão no joelho que a tirou da seleção brasileira provocou o seu retorno ao Brasil.