Anunciada inicialmente para ser instalada até final de fevereiro, a tenda de acolhimento e hidratação da dengue no Guará somente deve começar a funcionar em abril, em local e data ainda não definidos. A demora na contratação das nove tendas previstas pela Secretaria de Saúde foi provocada pela necessidade da contratação dos serviços na iniciativa privada, porque o governo não dispõe das tendas e nem dos equipamentos. Esta semana a Secretaria de Saúde informou que a licitação já foi concluída, mas ainda depende de providências burocráticas, como assinatura de contrato e a destinação de servidores para ser instalada e começar a funcionar.
Mesmo com a proximidade da conclusão do processo da contratação, não está definido ainda onde será instalada a tenda na cidade. A sugestão que era considerada a mais viável pela Secretaria de Saúde seria o terreno destinado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Guará, na QI 23, por causa da proximidade com a estação do metrô e por onde passa a maior parte das linhas de ônibus que servem ao Guará. Mas, nesta quinta-feira, 21 de março, foi divulgado por um jornal diário e replicado por um blog guaraense que a tenda seria instalada dentro do terreno da Unidade Básica de Saúde 1, para facilitar a locomoção dos casos mais graves, que necessitem de internação, para o Hospital Regional do Guará, que fica ao lado. Entretanto, logo depois que a informação foi veiculada, a Secretaria de Saúde garantiu que o local ainda não tinha sido escolhido e ainda estava em estudos. A informação foi confirmada pelo superintendente da Região Centro-Sul da Saúde, que compreende o Guará e seis cidades em volta, Ronan Garcia.
A primeira informação, ainda em fevereiro, é que o local mais provável seria o terreno da UPA, por sua localização estratégica para a mobilidade dos pacientes. Segundo o próprio Ronan, não teria muito sentido instalar a tenda nas proximidades das unidades de saúde existentes (UBS e hospital), porque essas unidades já estão fazendo atendimento aos casos de dengue.
Atendimento ampliado
Atualmente, há nove tendas em pleno funcionamento nos locais com maior incidência do mosquito transmissor. Com as novas unidades, o objetivo é expandir o atendimento à população diagnosticada com a doença e afrouxar os hospitais da rede pública de saúde. Além do Guará, as tendas serão instaladas em Vicente Pires, Varjão, Gama, Taguatinga, região central do Plano Piloto e Paranoá. Ceilândia e Samambaia, que já dispõem de tendas, também serão beneficiadas e vão ganhar mais uma cada. As tendas funcionam diariamente, das 7h às 19h, mas a vice-governadora Celina Leão anunciou nesta terça-feira, 19 de março, que as devem funcionar em regime de plantão por 24 horas “para diminuir o impacto da população que busca o atendimento noturno na rede pública de saúde, por causa da dengue. Temos um amplo atendimento durante o dia, mas tem agravamentos de casos que estão acontecendo durante à noite”, disse Celina.
Quem pode
ser atendido
As tendas de acolhimento atendem os pacientes enquadrados no quadro clínico A e B, ou seja, casos leves. As ocorrências mais graves são encaminhadas para as unidades de pronto atendimento (UPAs) ou para os hospitais.
Nas tendas, os pacientes realizam triagem, avaliação e medicação, nos casos necessários. Durante o fluxo de atendimento, casos suspeitos realizam testes rápidos de dengue, cujos resultados duram de 15 a 25 minutos. A medicação e a hidratação intravenosa podem durar até 40 minutos.