Conforme o Jornal do Guará adiantou na edição do final de semana, vai começar oficialmente a construção do Hospital Clínico Ortopédico (HCO), no Guará II. O governador Ibaneis Rocha e a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o presidente da Novacap, Fernando Leite, vão assinar a ordem de serviço nesta sexta-feira, 26 de abril, às 11h, no terreno destinado ao hospital, ao lado da via contorno e das QEs 17 e 19. O novo hospital tem a previsão de ser concluído em dois anos e meio, quando a equipe estará toda montada para começar a funcionar, de acordo com a Secretaria de Saúde.
O hospital será erguido em um terreno de 70 mil m² localizado entre o Parque Ezechias Heringer e a Unidade Básica de Saúde (UBS) 2, no Guará II. Dividido em quatro blocos interligados, vai oferecer 160 leitos, centro cirúrgico, laboratório de apoio, diagnóstico por imagem e ambulatório. A área externa terá anfiteatro, auditório e capela, além de estacionamento para funcionários e pacientes.
A anunciada construção do Hospital Clínico Ortopédico e não o hospital geral de certa forma frustrou a população, que esperava um hospital clínico, de “portas abertas”, em que qualquer morador pudesse ser atendido diretamente, como era o projeto original. O HCO será um hospital de referência em ortopedia e pediatria e receberá apenas pacientes encaminhados por outras unidades da rede pública. Mas, a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, que o governo optou por construir um hospital com referência em ortopedia e não um hospital “portas abertas” no Guará, como era a ideia inicial, porque há uma demanda grande pelo atendimento de cirurgia eletivas de ortopedia no Distrito Federal, ou seja, aquelas que não são de emergência e que os pacientes muitas vezes ficam internados em hospitais gerais, ocupando leitos que poderiam ser ocupados por quem está necessitando de atendimento de emergência, como vítimas de acidentes automobilísticos, quedas e outras contusões graves que não podem esperar por uma cirurgia.
O Hospital Clínico Ortopédico do Guará terá essa referência, segundo ela, para atender aos moradores da chamada Região Centro-Sul, que vai do Guará, Candangolândia até Samambaia, Ceilândia, Santa Maria etc. “O hospital vai ajudar a desafogar os centros de traumas, que estão nos hospitais do Gama, Ceilândia, Taguatinga e o Hospital de Base. Hoje é uma tendência mundial esses hospitais vocacionados, ou seja, que priorizem uma determinada especialidade”, afirma.
Clínica médica também
HGO não será somente um hospital ortopédico e terá uma ala para atendimento de emergência para outras enfermidades, mas somente vai atender pacientes encaminhados por outras unidades de saúde, no caso, hospitais que não disponham daquela especialidade, não tenham equipes ou espaço especializado, e depois de feita a triagem do caso clínico do paciente. Os casos, por exemplo, de crises de hipertensão, diabetes, enxaqueca, serão atendidas pelas UPAs. Os moradores dessa região terão disponíveis as UPAs do Guará, que ficará pronta antes da conclusão do hospital, do Riacho Fundo e da Estrutural.
Em relação à frustração da população guaraense, que esperava um hospital geral, Lucilene Florêncio explica que, para o IBGE e a Organização Mundial de Saúde (OMS), o atual hospital do Guará, pela sua capacidade, seria suficiente para atender toda a população local. “O problema do HRGu não é a falta de profissionais ou de espaço, é a demanda de fora. Trabalhei lá em 2014 e depois retornei em 2020 como coordenadora de Saúde da Região Centro-Sul (atual Superintendência) e verifiquei um considerável aumento da demanda de pacientes com traumas, ferimentos provocados por arma de foto ou branca, vindos principalmente da Estrutural. Além da proximidade, esses pacientes procuram o Hospital do Guará porque ele dispõe de salas vermelha e amarela e serviço de emergência e boa parte nem é encaminhado pelo Samu ou pelos Bombeiros.