A maior quadra prevista para o Guará não começou como o governo havia planejado. Pelo menos por enquanto. A licitação dos primeiros terrenos de projeções da QE 60 não recebeu propostas de interessados. A Terracap havia ofertado um bloco de seis projeções mistas no Edital de 22 de maio, com lance mínimo de R$ 29 milhões.
Essa foi a primeira oferta das 107 projeções que a Terracap vai disponibilizar na QE 60, a maior quadra do Guará, localizada entre a QE 46 e o Setor de Postos, Motéis e Concessionárias, no antigo terreno da Tasa.
De acordo com algumas pessoas do ramo de corretagem no Guará, ouvidas pela reportagem, o fato da primeira oferta vir num bloco de seis terrenos pode ter afugentado o mercado, principalmente porque é um empreendimento novo que ainda suscita muitas dúvidas e incertezas.
Procurada, a Terracap respondeu ao Jornal do Guará que vai continuar ofertando terrenos na QE 60 nos próximos editais – é realizado um por mês -, mas, “por estratégia de mercado”, não informa se vai continuar com os blocos ou se vai oferecer terreno por terreno.
A QE 60 vai ocupar uma área de mais de 290 mil metros e será 100% vertical, com prédios de até 22,5 metros de altura, ou seja, 6 andares mais pilotis e cobertura. Serão 107 projeções, sendo 95 deles para uso misto (comercial e residencial) e dois institucionais. Outros 10 lotes serão reservados para equipamentos públicos. A previsão é que a nova quadra vá abrigar cerca de 8 mil pessoas.
Enquanto inicia a venda, a Terracap informa que vai começar nos próximos dias a preparar a infraestrutura da nova quadra, que deve ficar pronta até que as primeiras projeções comecem a ser ocupadas.
Mobilidade e praticidade
O projeto prevê duas avenidas comerciais, onde se concentrará o comércio da quadra, permitindo que os moradores acessem os serviços a pé. De acordo com a Terracap, “a proposta é integrar novas unidades residenciais a uma variedade de comércio, serviços e opções de lazer, promovendo a vitalidade urbana. Esse tipo de empreendimento é projetado para atender às necessidades dos seus moradores, privilegiando os deslocamentos sem o uso de veículos automotores”.
Os lotes de uso residencial vão ficar a menos de 200 metros de uma praça, ou seja, os moradores terão uma área pública a no máximo três minutos de caminhada. As estratégias de sustentabilidade ambiental incluem uma rede de ciclovias conectadas e a existência de calçadas largas e arborizadas, que privilegiam pedestres e ciclistas e desestimulam o uso de carros, reduzindo a poluição atmosférica e a emissão de gases de efeito estufa.