Taekwondo para pessoas com deficiência

Gabriela Hanthum, com deficiência intelectual, 26 anos, é vice Campeã Brasiliense vice campeã brasiliense 2024

Professora da rede pública de ensino, pedagoga e faixa preta (III Dan) de taekwondo, Kátia Gomes, moradora da QE 26 do Guará II, resolveu ensinar o sobrinho com Síndrome de Down a praticar a arte como forma de exercitá-lo física e mentalmente. Com os bons resultados da experiência caseira, ela resolveu estender a inciativa a um projeto para ensinar o taekwondo a pessoas com necessidades especiais. Nascia ali o projeto “Tae Kwon Down”, que atende no Por do Sol, na Associação DF Down (507 Sul) e no 4º Batalhão da Polícia Militar do Guará. Tudo gratuito.
O projeto no Guará começou pouco antes da pandemia da Covid, numa loja alugada com o apoio de patrocinadores, mas ficou paralisado durante cerca de três anos, como todas as outras atividades coletivas, e retornou há dois anos para o 4º BPM, onde atende 20 jovens de diferentes deficiências.
O projeto de Kátia, entretanto, não tem a preocupação apenas de oferecer atividades para os portadores de Síndrome de Down, deficiência intelectual e visual, autismo e deficiência física, mas estimulá-los a também competir. “Temos participado de vários eventos esportivos voltados para os portadores de deficiências, com resultados surpreendentes para quem não acredita no poder da superação. Estamos demonstrando que eles também são capazes de vencer suas limitações”, afirma a professora, que também se sente “deficiente física”, depois de ser obrigada a parar de praticar a arte/luta por conta de uma contusão no quadril que a obrigou a usar uma prótese para substituir a cartilagem desgastada.

Mariza Monteiro Zeymer,
45 anos, Campeã Brasiliense 2023, Campeã da
Copa Brasil 2023 e
Campeã Brasiliense 2024

Dificuldades
Mas, como acontece com qualquer projeto que não tenha objetivos comerciais, que não vise retorno financeiro, o de Kátia enfrenta dificuldades para oferecer melhores condições aos alunos, principalmente nas competições. “Nem todos os alunos tem condições de adquirir o material necessário, como protetor eletrônico (no caso de deficiente visual), de braço, da genitália, sem contar os custos de locomoção para as competições”, explica.
Essa ajuda precisa começar a chegar já em agosto, quando o projeto participa da seletiva brasiliense e em setembro do Campeonato Brasileiro em São Paulo, das competições paratléticas.
Quem tiver interesse em conhecer e ajudar o projeto Tae Kwon Down, entre em contado com a professora Kátia Gomes pelo 993101890, ou contribuir com qualquer valor através do Pix 49051571100.

Kátia (de cabelos compridos) ao lado do senador Romário, pai de uma filha com
Síndrome de Down, que a homenageou no Senado