A Administração Regional do Guará e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) estão finalizando a análise das contribuições da comunidade sobre o projeto de uma praça modelo no Centro Comunal I, no Guará II. A consulta pública, que terminou no dia 6 de setembro, visou evitar problemas como os enfrentados durante a implantação da ciclofaixa, quando os moradores reclamaram da falta de diálogo e transparência.
O projeto prevê a criação de uma praça no espaço entre as QIs 23 e 25, ao lado do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), da Galeria da Casa Brasileira e da 4ª Delegacia de Polícia. A iniciativa faz parte de uma compensação urbanística, fruto de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2008, relacionado ao Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) de grandes edifícios residenciais construídos na orla do Guará II.
Durante a exposição do projeto, realizada na sede da Administração do Guará, os moradores puderam enviar sugestões, críticas e questionamentos por meio de um formulário próprio. Agora, a Administração Regional está finalizando o relatório com as manifestações, que será encaminhado à Seduh para avaliação técnica. O assessor especial da Divisão de Licenciamento do Guará, Daniel Reis, garantiu que todas as contribuições serão respondidas, incluindo aquelas que não forem incorporadas ao projeto, por motivos técnicos.
O debate sobre a praça gerou grande repercussão nas redes sociais da cidade, com muitos moradores questionando a construção de uma nova praça enquanto outras existentes carecem de manutenção. O administrador regional, Artur Nogueira, esclarece que os recursos destinados ao projeto são exclusivos para essa obra, em decorrência do TAC, e não podem ser redirecionados para outras áreas. Ele ainda ressalta que, caso a comunidade rejeite o projeto, a compensação urbanística será perdida, sem possibilidade de transferência para outro projeto ou local.
O projeto da praça modelo prevê a instalação de iluminação moderna, maior acessibilidade e novos equipamentos públicos, como uma horta comunitária, com um investimento estimado em cerca de R$ 3 milhões. A expectativa agora é pelo anúncio dos resultados da consulta pública, que deve acontecer em breve.