Guaraense desaparece em Portugal

Jovem de 26 anos estudava com bolsa de estudos numa universidade do interior, mas estava com dificuldades financeiras e teve que deixar alojamento. Família não consegue notícias há um mês

Com o sonho de vencer na vida por falta de oportunidades aqui, e já aos 26 anos, a moradora da QE 38 do Guará II Thayla Pereira resolveu tentar a sorte em Portugal depois de ganhar uma bolsa para cursar Línguas, Literatura e Cultura na Universidade de Aveiros, cidade de 18 mil habitantes a 56 quilômetros de Porto e a 250 de Lisboa. Mas o sonho de fazer a faculdade deu errado porque faltou dinheiro para ela continuar se mantendo enquanto estudava. Teve que devolver o alojamento, sair da cidade e abandonar o curso, em meados de dezembro. Desde então, Thayla não se comunica mais com a família, formada por duas irmãs e a mãe.

Desesperadas, as duas irmãs, Dembla, que mora no Rio Grande do Sul, e Kimberley, que mora em Brasília, buscam por todos os meios localizar a jovem guaraense para trazê-la de volta. Mas elas esbarram em duas dificuldades: a falta de informações sobre o paradeiro de Thayla e a falta de recursos financeiros para localizá-la e buscá-la. O drama da família já foi mostrado pelo colunista Leo Dias, especializado em fofocas de artistas, o site da revista Marie Clair e pela imprensa brasiliense.

A última notícia concreta que família teve de Thayla é que ela estaria dormindo no Terminal Internacional de Capanhâ, em Porto, mas, de cordo com informações, ela já estaria em Lisboa.

 

Não conseguiu trabalho e o dinheiro acabou

A estudante avisou amigos que estava dormindo no Terminal Rodoviário Internacional de Campanhã, na cidade do Porto, com todos os pertences, incluindo as malas. Segundo um brasileiro que conversou com ela no terminal, ela estaria tentando retornar ao Brasil.   Segundo a irmã Kimberly, a do meio, poucos meses depois que chegou a Portugal, Thayla assumiu que passava por dificuldades financeiras e que não conseguindo um lugar para também trabalhar. Mas, depois que deixou o alojamento, ela não deu mais notícias. “A última informação que temos, mas sem confirmação, é que ela estaria morando nas ruas de Lisboa e frequentando um abrigo para se alimentar. O abrigo se comprometeu de nos informar se ela retornar” conta Kimberly.,

Brasileiros solidários com o drama da família e que moram em Portugal, além do Itamaraty (Ministérios das Relações Exteriores do Brasil) tem procurado ajudar nas buscas, mas a polícia portuguesa só aceita prestar informações mais concretas à família de Thayla. Em nota, o Itamaraty informou que tem conhecimento do caso e que presta assistência aos familiares da brasileira. Por causa da legislação, a pasta diz não poder dar mais detalhes sobre o caso.

Um amigo de Thayla, que a conheceu em Portugal, diz que a jovem relatou arrependimento de ter ido para outro país. “Tinha dificuldade em encontrar trabalho e falava que o currículo dela era horrível”, conta o rapaz, chamado Daniel.

A irmã de Thayla procurou o Itamaraty e tentou contato por e-mail com o Consulado brasileiro em Portugal. “Mandei foto e documento pra comprovar que a gente é irmã. Falaram que iam entrar em contato”, diz Kimberly Brenda. Amigos de Thayla espalharam cartazes pela faculdade. “Muita tristeza, agonia, a gente não sabe se está bem se está viva. Se foi traficada ou se aconteceu o pior. Só quer uma notícia. Tentar achar de qualquer maneira para dar paz”, diz a irmã da jovem.

Segundo a irmã Kimberly, a do meio, poucos meses depois que chegou a Portugal, Thayla assumiu que passava por dificuldades financeiras e que não conseguindo um lugar para também trabalhar. Mas, depois que deixou o alojamento, ela não deu mais notícias. “A última informação que temos, mas sem confirmação, é que ela estaria morando nas ruas de Lisboa e frequentando um abrigo para se alimentar. O abrigo se comprometeu de nos informar se ela retornar” conta Kimberly.
Vakinha pra ajudar

Nas redes sociais de Thayla, ela  compartilhou seus projetos e desafios. “Há muito tempo sonho em estudar um curso, o qual passei, em Portugal, de Línguas, Culturas e Literaturas. Falo inglês e um pouquinho de francês, que estudei sozinha, e gostaria de ser professora de francês e literatura também. Depois de muito sonhar com esse curso, gostaria de conseguir ir e aprofundar meus conhecimentos. Usarei os fundos/arrecadações para manter os gastos e a manutenção do curso. Se quiserem apoiar-me, serei muito grata. Até breve, obrigada.”

Para tentar localizar a irmã, obter mais informações da polícia portuguesa, a Kimberly abriu uma vakinha virtual para custear a viagem. Quem puder ajudar, o endereço é  https://www.vakinha.com.br/5308886.