Guaraense retorna de Portugal

Jovem, que havia sido encontrada após ter desaparecido, retornou ao Brasil nesta quarta, após receber alta da internação

Thayla (à direita) com a irmã, Dembla, na chegada ao Brasil

O caso da estudante que havia desaparecido e depois encontrada em Portugal, que comoveu moradores da cidade e de Brasília, teve um desfecho final nesta quarta-feira, 27 de fevereiro. Thayla Hendyo Pereira de Motta, 26 anos, retornou ao Brasil depois de receber alta do hospital em que estava internada em Lisboa desde o final de janeiro.
Thayla havia desaparecido em 15 de dezembro, depois de abandonar a faculdade e o alojamento na cidade de Aveiros, próxima de Porto, no interior de Portugal, onde estudava. No dia 25 de janeiro, depois de intensa campanha na imprensa portuguesa e por amigos e colegas da universidade, ela foi encontrada numa estação de ônibus de Lisboa, desidratada, com fome, e foi levada ao Hospital Universitário de Santa Maria para receber tratamento adequado. Recuperada, ela foi liberada na terça-feira, 26 de fevereiro, e retornou ao Brasil no outro dia.
A moradora da QE 42 do Guará II foi encontrada depois de uma busca organizada por uma brasileira que mora em Lisboa, ao se comover com o drama da família de Thayla. As duas irmãs, Kimberly, que mora em Brasília, e Dembla, que mora no Rio Grande Sul, organizaram uma “vakinha” virtual para custear a viagem de volta dela. De acordo com irmã, Kimberly, Thayla preferiu ir morar com a outra irmã Dembla, em Caxias do Sul, onde pretende procurar trabalho e depois pensar em recomeçar os estudos.

Sonho frustrado
em Portugal
Com o sonho de vencer na vida por falta de oportunidades, Thayla resolveu tentar a sorte em Portugal após ganhar uma bolsa para cursar Línguas, Literatura e Cultura na Universidade de Aveiros, cidade de 18 mil habitantes a 56 quilômetros de Porto e a 250 de Lisboa. Mas o sonho de fazer a faculdade deu errado porque faltou dinheiro para ela continuar se mantendo por lá enquanto estudava. Teve que devolver o alojamento, sair da cidade e abandonar o curso, em meados de dezembro. Desde então, Thayla não se comunicou mais com a família, formada por duas irmãs e a mãe.
Desesperadas, as duas irmãs – Dembla, que mora no Rio Grande do Sul, e Kimberley, que mora em Brasília -, buscaram por todos os meios localizar a jovem guaraense para trazê-la de volta, mas esbarram em duas dificuldades: a falta de informações sobre o paradeiro de Thayla e a falta de recursos financeiros para localizá-la e buscá-la.
As irmãs Kimberly e Dembla passaram a mobilizar o Ministério das Relações Exteriores, a polícia portuguesa e amigos que moram em Portugal para tentar encontrar Thayla. Ela tinha sido reconhecida inicialmente em um terminal de ônibus da cidade do Porto e depois em busca de comida num abrigo para vulneráveis em Lisboa. Por isso, as buscas se concentraram na capital portuguesa, onde realmente ela estava.