Guaraense fica em 4º no Paramericano de bicicross

Wellington Fernandes também ficou entre os quatro primeiros na Copa Latino-americana, no Chile

Um dos mais premiados atletas de bicicross do DF e do país, o guaraense Wellington Fernandes foi um dos destaques do Campeonato Panamericano, ao ficar com a 4ª colocação na categoria Cruiser 45/49 anos, no dia 5 de abril. No dia 6, ele voltou a repetir a classificação na 2ª etapa da Copa Latino-Americana de Bicicross. As duas competições aconteceram na cidade de Chillán, no Chile.
O atleta guaraense teve o apoio do programa Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer, que pagou as passagens aéreas, mas os outros custos da viagem foram bancados por uma vaquinha entre amigos dele.
Wellington Fernandes já foi 30 vezes campeão brasiliense, 16 vezes campeão brasileiro e em 23 oportunidades faturou o Centro-Oeste de BMX. Em 2024, em Indaiatuba, São Paulo, foi vice-campeão sulamericano.
Mesmo com tantos títulos e tanto destaque, ele reclama da falta de incentivo do governo e dos empresários ao esporte. Na maioria das vezes, arca do próprio bolso com os custos para competir, mesmo quando representa o Distrito Federal e o Brasil em competições nacionais e internacionais. A única ajuda que tem recebido é do Compete Brasília, que assume apenas as passagens aéreas. Os custos para participar das competições saem do próprio bolso de Wellington, fruto do seu emprego no Sindicato dos Propagandistas de Produtos Farmacêuticos e de patrocínios pontuais, além de vaquinhas entre amigos.
E o bicicross não é um esporte barato e talvez esteja aí a explicação para de ter no máximo 150 praticantes do esporte no DF que participam de competições oficiais. Uma bicicleta de competição custa no mínimo R$ 1 mil, mas pode chegar a R$ 20 mil. A bicicleta do próprio Wellington, em fibra de carbono, custa cerca de R$ 18 mil.

Começo por acaso
O amor dele pelo bicicross começou por acaso. Ao assistir uma prova na 410 Sul, quando tinha 10 anos, se interessou pelo que viu e na segunda-feira já estava praticando. Não parou mais. Atualmente, ele treina três vezes por semana, cerca de 3 horas por dia, na pista de bicicross do Cave, uma das três existentes no Distrito Federal – as outras são em Sobradinho e em Santa Maria. Foi Wellington, aliás, quem incentivou o governo a construir a pista do Guará.