Agora parece definitivo: o Teatro de Arena vai sair do projeto da Concessão do Complexo do Cave. O acordo foi selado na manhã desta segunda-feira, 31 de julho, entre o secretário de Governo, José Humberto Pires, de Projetos Especiais, Roberto Morais, no Palácio do Buriti, a deputada distrital Dayse Amarílio (PSB) e o administrador regional do Guará, Artur Nogueira. A retirada do teatro do projeto é uma reivindicação antiga do Conselho de Cultura do Guará e motivou os imbróglios que vem provocando atraso de um ano e meio na concessão, que deveria ter sido concluída em fevereiro do ano passado.
A retirada do teatro da concessão já havia sido prometida pelo secretário de Governo, José Humberto Pires, em entrevista exclusiva ao Jornal do Guará em novembro do ano passado, mas houve resistência do secretário de Projetos Especiais, Roberto Morais, e o projeto continuou sendo tocado como estava antes. Mas, a chegada da nova deputada distrital Dayse Amarílio (PSB), que apadrinhou o pleito do movimento cultural e passou a pressionar o governo pela retirada. Como em pouco tempo ela conseguiu um bom trânsito no governo e passou a ser respeitada como a principal representante do Guará, conseguiu agora convencer os dois secretários que seria a melhor solução para não atrasar mais a concessão do Cave. Na empreitada, ela teve o apoio do administrador regional Artur Nogueira.
Pressão aumentou
Nesse meio tempo, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TDCF) atendeu a uma reclamação do presidente do Conselho de Cultura do Guará, Rênio Quintas, e suspendeu a licitação para a contratação do concessionário, que estava prevista para ser aberta em 29 de janeiro do ano passado. Desde, então, Rênio Quintas vem buscando todos os meios para retirar o Teatro de Arena do projeto, inclusive com o apoio do Ministério Público do Distrito Federal.
A resistência da Secretaria de Projetos Especiais era sob o argumento de que a retirada do Teatro de Arena do Projeto iria inviabilizar economicamente o projeto e afastar possíveis interessados na concessão. Mas a deputada, que promoveu vários encontros e consultou entendidos no assunto, convenceu os representantes do governo que a alteração não acarretaria perda de receita por parte ao concessionário a ponto de inviabilizar a concessão.