Braço direito do ex-deputado federal, ex-senador e ex-governador Rodrigo Rollemberg, Marcos Dantas, ou simplesmente Marcão, foi uma espécie de “faz-quase-tudo” no governo passado do amigo e parceiro. Começou como secretário de Mobilidade, depois foi deslocado para a Secretaria de Relações Institucionais para melhorar a relação do governo com a Câmara Legislativa e terminou como secretário de Cidades, a que cuida das administrações regionais. Deixou o governo no meio do ano de 2018 para tentar uma vaga de deputado federal pelo DF e, mesmo sendo calouro nas urnas, conseguiu 18.504 votos, suficientes para deixá-lo como segundo suplente da coligação PV/PSB/PDT/PCdoB/Rede na Câmara dos Deputados, mas não foi chamado a assumir o cargo. De 2019 a março do ano passado, foi assessor parlametar na liderança do PSB na Câmara Legislativa, quando deixou o partido por discordar da expulsão do ex-deputado distrital José Gomes da legenda.
Depois de passar por um período que ele chama de “sabático” de mais de um ano, Marcão diz que está pronto para novos desafios na política. “Depois de descansar bastante, ler muitos livros e curtir a família, estou com muita energia para servir, principalmente na política, que está no meu sangue”, diz. Enquanto a oportunidade na política não acontece, ele conta que está montando uma empresa de consultoria com um amigo.
Administrador do Guará
Marcos Dantas foi administrador regional do Guará de 1997 a 1998 em substituição a Alírio Neto no Governo Cristovam Buarque, por indicação do então deputado distrital Cláudio Monteiro, com quem trabalhava na Câmara Legislativa. Mas, a relação de Marcão com a cidade começou bem antes, há 35 anos, quando se casou pela primeira vez e escolheu o Guará para criar a família. Há dez anos mora no condomínio Guará Park, com a segunda mulher, Rossana, numa casa confortável, com dois dos cinco filhos – os outros três são do primeiro casamento e aguarda a chegada do primeiro neto do filho mais velho.
A ligação com Rollemberg é antiga e vem desde o fim do Governo Cristovam em 1998, quando foi convidado pelo então ex-deputado distrital para se filiar ao PSB, parceria que durou muitos anos, mas interrompida no ano passado por conta de outros interesses políticos, embora continuem amigos e se falando com frequência. Desde lá, trabalharam juntos nas gestões de Rollemberg na Câmara dos Deputados e depois no Senado, como deputado federal e senador, antes de se eleger governador. Ainda sob a confiança de Rollemberg, foi presidente regional do PSB, partido que indicou e elegeu o governador em 2018.