Carimbó, maracatu e muito mais no Teatro de Arena nos dias 26 e 27 de agosto

Mostra Cultura Candanga apresenta o carimbó do grupo paraense Sancari e do Baque de Mulher, de Alto Paraíso, e do Pandeiro de Mestre, de Pernambucio, se únem aos candangos Péde Cerrado, Boi do Seu Teodoro, As Fulô do Cerrado e muitos outros no Teatro de Arena do Guará

A Mostra Cultura Candanga chega à sua terceira edição, nos dias 26 e 27 de agosto, com programação totalmente gratuita, no Teatro de Arena do Guará.  Realizada pela Associação Cultura Candanga e pelo grupo cultural Pé de Cerrado, O evento busca divulgar e preservar as expressões das culturas populares do Distrito Federal e também de outras regiões do Brasil, já que proporciona um intercâmbio com grupos reconhecidos no território nacional. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF).

A programação conta com a participação de grupos e de grandes mestres do DF, de Pernambuco, de Goiás e do Pará. Entre os grupos de fora, as novidades são o grupo de Carimbó: Sancari, que significa “Santo Carimbó”, que vem representando a região Norte, o grupo Baque Mulher, de Alto Paraíso de Goiás, e o grupo Pandeiro do Mestre, de Pernambuco.

Os três grupos cantam ritmos de ancestralidade afro-indígena. O Sancari, há mais de 30 anos, desenvolve um trabalho de difusão e preservação do Carimbó tradicional, que é a maior Expressão Cultural do Estado do Pará.

O Baque Mulher é um grupo de Maracatu que nasceu da Mestra Joana Cavalcante, primeira e única até então, mulher a reger uma Nação de Maracatu de Baque Virado. Nascido e fundado na periferia de Recife, o Movimento Baque Mulher F. B. V. realiza atividades sociais em sua comunidade, levantando sempre a bandeira do empoderamento feminino e combatendo todas as formas de violências contra as mulheres.

Já o Pandeiro do Mestre realiza um trabalho de composições autorais, inspiradas principalmente nos cantos e nos bailados dos diversos rituais do Toré, antigo sistema de crenças e práticas secretas de culto aos seres encantados. Culto vivo e pulsante até hoje entre os indígenas do nordeste brasileiro. O termo “Coco de Toré” já era utilizado no século XIX por praticantes indígenas de todo o Nordeste. Seu repertório é referência obrigatória em rodas de coco dentro e fora do Brasil. O grupo lançou seu novo álbum no segundo semestre de 2022 e chega na Mostra com um trabalho novinho, além de grandes sucessos, celebrando 24 anos de trajetória.

Entre os grupos locais, temos os anfitriões da festa- o Grupo Cultural Pé de Cerrado, Zenga Baque Angola, Coco dos Encantados, Raiz de Macaúba, Ventoinha de Canudo, As Fulô do Cerrado e o Bumba Meu Boi de Seu Teodoro Freire. São grupos reconhecidos no Distrito Federal e fora dele. O Boi de Seu Teodoro, mas antigo de todos, é Patrimônio Imaterial do DF e completou, este ano, 60 anos de trajetória.

“O resultado dessa miscigenação é algo que só é encontrado aqui. Ao mesmo tempo, é lindo reconhecer as outras regiões do Brasil nessas mesmas manifestações tão singulares. É esse calor que o festival busca oferecer ao público presente, contribuindo para que as manifestações culturais do DF sejam reveladas ao público que não conhece essas brincadeiras, grupos, mestres e brinquedos do nosso quadradinho”, comenta Pablo Ravi, um dos organizadores da mostra.

Os curadores do Festival – Carla Landim e Pablo Ravi – são pesquisadores da cultura indígena e afro-brasileira. Já viajaram para todas as regiões do Brasil, colecionando vivências com grupos e mestres das culturas populares. As atrações de outros estados dessa edição do Festival são resultado da experiência que os curadores tiveram em Pernambuco, com o povo indígena Fulni-ô em 2017, onde vivenciaram o Coco de Toré, e na Ilha do Marajó (Pará), em 2019 e em 2023, em vivências com grupos e mestres do Norte do país.

A Mostra Cultura Candanga é uma proposta de formação de público para as culturas populares, de ampliar a vivência cultural das pessoas, de possibilitar a experiência com a cultura genuinamente brasileira. Além de valorizar a cena da cultura popular do Distrito Federal.

Para ficar por dentro de toda a programação, acompanhem as redes sociais da Cultura Candanga. A programação é inclusiva, garantindo o acesso de pessoas com deficiência.

 

Acessibilidade:

 

  • Dia 27 as apresentações contarão com o serviço de audiodescrição para atender pessoas com deficiência visual.
  • O evento é acessível a pessoas com mobilidade reduzida, com banheiros especiais.
  • Pessoas com deficiência devem entrar pelo outro lado, pela entrada mais perto do palco.

 

Programação:

 

Sábado dia 26 de agosto

 

16h Abertura dos portões

17h Grupo Zenga- DF

18h Boi de Seu Teodoro- DF

19h Pé de Cerrado- DF

20h Pandeiro do Mestre (PE)

21h As Fulô do Cerrado- DF

 

 

Domingo dia 27 de agosto

 

16h Abertura dos portões

17h Baque Mulher- Alto Paraíso de Goiás

18h Coco dos Encantados- DF

19h Ventoinha de Canudo

20h Sancari- Pará

21h Raiz de Macaúba

 

 

Serviço:

Data: 26 e 27 de agosto, sábado e domingo, a partir das 16h.

Local: Teatro de Arena do Guará

Entrada Gratuita.

Praça de alimentação com food trucks.