Os casos costumam ocorrer quando a linha dos brinquedos se prende aos postes de iluminação, transformadores ou cabos elétricos. “É muito comum que nessa época as crianças recorram à pipa como uma alternativa de lazer. Mas é preciso que a diversão ocorra de forma sadia, segura e em locais adequados”, enfatiza o tenente Mauro Coimbra, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF).
O militar orienta os praticantes a não utilizar as conhecidas linhas chilenas e de cerol artesanais. “Além de serem extremamente cortantes, é comum vermos linhas confeccionadas com pó metálico, que funciona como um condutor de eletricidade, amplificando o risco do choque elétrico”, explica.
Segundo o militar, o ideal é que a brincadeira seja realizada, de preferência, em campos abertos, em parques, distantes de redes elétricas e de grandes centros, onde o fluxo de pessoas é maior. “Não solte pipa em dias nublados, armando chuva ou com tempestades de raio. A pipa pode virar um verdadeiro para-raios, atraindo descargas elétricas”, alerta.
O que fazer em situações de risco?
Ao adotar medidas simples e conscientes, é possível garantir que as férias ocorram de maneira segura para os pequenos. Caso a pipa enrosque no poste ou na fiação elétrica, é crucial não tentar retirá-la por conta própria. Isso aumenta o risco de curto-circuito na rede e, consequentemente, de choques elétricos.
Se alguém receber uma descarga elétrica, a primeira orientação é desligar a fonte de energia, se possível. Caso contrário, é essencial sinalizar o risco de choques. Essas práticas ajudam a evitar que mais pessoas se tornem vítimas do acidente.
Em seguida, busque socorro imediatamente pelos telefones de emergência 193 (CBMDF) e 192 (Samu). Choques leves geralmente resultam em formigamentos breves, enquanto os mais graves podem ocasionar queimaduras, desmaios, arritmias cardíacas e até paradas respiratórias.