“O Guará continua a ser uma cidade segura”, TC Henrique Costa, comandante o 4º Batalhão da Polícia Militar

O Tenente-Coronel Henrique Costa, atual comandante do 4° Batalhão da Polícia Militar do Guará compartilhou sua experiência à frente do batalhão, falou sobre os desafios enfrentados na segurança pública da região e destacou as principais estratégias adotadas para manter o Guará como uma cidade segura. Além disso, abordou a importância das operações integradas, o funcionamento do projeto social “Prevenindo com Arte” e ofereceu dicas valiosas para que os moradores contribuam com a segurança local.

Comandante Henrique Costa, quanto tempo à frente do 4° Batalhão?
Estou há 9 meses no comando do 4º BPM. Assumi no final do ano passado, no final de 2023. Eu estava no Departamento de Logística e Finanças da Polícia Militar, na área de contratação, compras e aquisições da corporação. Estou há 27 anos e meio na corporação, e em nossa formação na academia de Polícia Militar sempre nos prepara para comandar unidades operacionais. Quando passamos por unidades administrativas, acabamos nos distanciando um pouco dessa formação inicial e da nossa capacitação ao longo da carreira. Por isso é bom estar de volta na função à qual fui preparado.

Com essa vasta experiência, como o senhor avalia a segurança no Guará? É uma cidade segura?
O Guará é considerado uma cidade segura pelo quantitativo de ocorrências que temos e pela natureza dessas ocorrências. O número de casos graves é relativamente baixo, o que faz da cidade um lugar tranquilo para se viver.
Um dos grandes desafios é que, apesar de ser uma cidade tranquila, Guará é uma área de passagem para muitas pessoas. Além disso, o efetivo da corporação está um pouco reduzido, o que impacta na eficiência do policiamento ostensivo. Mesmo com essa redução, conseguimos implementar estratégias que têm ajudado a reduzir alguns índices criminais. Basicamente, toda cidade tem alguns pontos de maior demanda. No Guará, quase não temos ocorrências de roubo, especialmente à mão armada. Essas são bem raras e, em geral, podemos contar nos dedos. O que tem aumentado, principalmente nos últimos meses, são os furtos, tanto de celulares quanto no interior de veículos. Outra questão que temos notado é o aumento de estelionatos, especialmente por meio de golpes pela internet.
Com o efetivo reduzido, tentamos suprir essa carência com operações integradas, contando com o apoio de outros órgãos da Polícia Militar e de órgãos externos, como o Detran, DF Legal, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil. Além disso, realizamos operações com o apoio de unidades especializadas da corporação, como a Cavalaria, o Batalhão de Policiamento com Cães, o Batalhão de Choque e a Rotam. Essas operações são intensificadas em dias e horários onde nossos índices criminais têm uma elevação ou em locais específicos que demandam mais atenção.

“A postura do morador faz toda a diferença. Pequenos cuidados no dia a dia podem evitar muitas ocorrências. Por exemplo, não andar digitando no celular enquanto caminha, principalmente em locais como a Avenida Contorno ou passagens subterrâneas”.

O projeto “Prevenindo com Arte” é um exemplo de prevenção desenvolvido pelo batalhão. Como ele está funcionando?
Durante a pandemia, fomos obrigados a parar o programa social Prevenindo com Arte. A retomada foi um pouco lenta, mas hoje já estamos basicamente conseguindo voltar às nossas atividades normais. Estamos com cerca de 17 modalidades de atividades e mais de 1.500 alunos participando. Recentemente, uma delegação de Capitães da Polícia Militar do Estado de São Paulo veio nos visitar para conhecer nosso projeto e o tipo de policiamento que desenvolvemos. Nossa intenção é ampliar o projeto, mas precisamos ainda melhorar a estrutura física do batalhão. Estamos em vias de iniciar uma grande reforma e nos próximos anos teremos mais espaço para atender a comunidade com atividades esportivas e terapêuticas dentro do 4ª BPM.

A Rede de Vizinhos Protegidos ainda está ativa? Como ela funciona?
A Rede de Vizinhos Protegidos ainda está ativa, mas acredito que podemos melhorar um pouco mais. A ideia é que os moradores de uma determinada localidade tenham um contato direto com a Polícia Militar. É criado um grupo de Whatsapp entre todos os vizinhos e eles se comunicam sobre incidentes na rua onde moram. Conhecendo bem quem são os moradores, prestadores de serviço e colaboradores da área, eles conseguem identificar facilmente comportamentos suspeitos e acionar a polícia antes que algo grave aconteça. Quando percebem algo estranho, como um visitante suspeito, os vizinhos devem acionar a Polícia Militar para que possamos verificar antes que se torne uma ocorrência criminal.
Os moradores interessados podem procurar o batalhão. Já temos alguns grupos funcionando, como no Park Sul. Temos também no restante do Guará, mas o ideal é que, ao observar algo suspeito, os moradores entrem em contato direto com a polícia, seja pelo 190 ou pelos números do batalhão.

Falando sobre tecnologia, como estão funcionando as câmeras de segurança no Guará?
O Guará conta hoje com 44 câmeras de segurança espalhadas em pontos estratégicos. Algumas dessas câmeras, principalmente nas entradas e saídas do Guará, têm tecnologia OCR, que reconhece placas de veículos. Então, quando um veículo é furtado ou roubado, registramos no sistema e, se ele entrar ou sair do Guará, conseguimos identificar para onde foi. Temos uma sala de vídeo monitoramento no batalhão, onde essas câmeras são monitoradas 24 horas por dia por uma equipe de policiais.

Como os moradores podem ajudar a polícia e evitar se tornarem vítimas de crimes?
A postura do morador faz toda a diferença. Pequenos cuidados no dia a dia podem evitar muitas ocorrências. Por exemplo, não andar digitando no celular enquanto caminha, principalmente em locais como a Avenida Contorno ou passagens subterrâneas. Evitar ficar dentro do carro digitando ou respondendo mensagens e sempre observar o entorno ao estacionar o veículo. Se perceber algo suspeito, é importante mudar de local ou adotar uma postura que mostre ao possível criminoso que ele foi notado. E, em caso de assalto, nossa orientação é não reagir, manter a calma e fazer movimentos leves para entregar o que está sendo exigido. O bem material pode ser recuperado, mas a integridade física é sempre a prioridade.

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