O coração do Guará vai bater no ritmo do forró, do xote e da cultura popular neste fim de semana. A partir desta sexta-feira (6 de junho), o Grande São João do Guará toma conta do estacionamento do Edifício Consei, no Guará II, com uma programação intensa que se estende até o domingo (8 de junho). Serão três dias de festa, celebração das raízes nordestinas e valorização da cultura brasileira, com entrada acessível, estrutura inclusiva e atrações para todas as idades.
Com o tema “Mulheres Nordestinas”, a edição de 2025 traz à tona o protagonismo feminino nas tradições culturais e religiosas do país. A curadoria artística e visual da festa foi pensada para destacar as mulheres que mantêm vivas as festas de São João: seja na dança, na música, no artesanato ou na culinária. “Essa é uma homenagem que vai além da estética. É uma valorização histórica e afetiva dessas mulheres que constroem o Brasil todos os dias, com coragem, criatividade e resistência”, afirma Miguel Edgar, idealizador e coordenador do evento.
Realizado pela Confraria Diversão e Arte e pelo Festival Kombinando Cultura e Ideias, o evento tem apoio da Administração Regional do Guará e patrocínio do Sindicato dos Bancários de Brasília, Saga BYD, Giga+ Fibra e Casa & Festas.
O Grande São João do Guará se consolida como um dos dois maiores eventos juninos da cidade, não apenas pela dimensão da estrutura, mas pelo cuidado com os detalhes. O público encontrará um espaço cenográfico temático, com barracas de comidas típicas, parque de diversões, videokê, feira de artesanato, o tradicional São João das Antigas, cenários para fotos, além de áreas dedicadas à criançada (Espaço Kids), aos animais de estimação (Espaço Pet) e à acessibilidade (Espaço Inclusivo).
O evento contará ainda com atrações permanentes ao longo dos três dias, como o Espaço do Cordel, coordenado pela cordelista Onã Silva, a exposição Mulheres Arretadas, da artista Lola Lígia Vanessa, com curadoria de Lívia Vanessa, e intervenções da artista guaraense Girlene Pascoal, do artista popular Thales Mamulengo e do Grupo Kombinando Cultura.
Sexta: abertura com potência feminina
A festa começa com uma noite dedicada à força da mulher nordestina na cultura popular. No palco principal, o público poderá assistir ao show Fuá da Paulinha, com a cantora Paula Vidal, além das apresentações do grupo Cangaceiros do Cerrado e da quadrilha Amor Junino. As atrações prometem um mergulho profundo na musicalidade e nas tradições do Nordeste, com repertórios vibrantes e danças que exaltam o papel da mulher nos festejos juninos.
A exposição Mulheres Arretadas, instalada no espaço cultural do evento, trará retratos pirografados de figuras como Irmã Dulce, Gal Costa e Tia Ciata, representando a pluralidade e a força de personalidades femininas que marcaram a história do Brasil.
Sábado: tradição, dança e diversidade popular
O segundo dia será dedicado ao forró e à celebração das expressões populares nordestinas. O palco receberá o Trio Caxicó, a cantora Tay Gomes e a irreverente quadrilha Si Bobiá a Gente Pimba, que promete arrancar risos e aplausos com sua performance divertida e cheia de crítica social.
O público também poderá visitar a exposição Mulheres Forrozeiras, organizada pelo Festival Kombinando Cultura e Ideias, que destaca artistas essenciais para a história do forró, além de curtir as atividades interativas e lúdicas nos diversos espaços do arraial. “O São João do Guará não é só um evento. É um território cultural de pertencimento. É onde nos reconhecemos uns nos outros, e reconhecemos a importância de celebrar quem somos”, destaca Miguel Edgar.
Domingo:
encerramento com emoção
O último dia será marcado por um clima de confraternização e celebração da cultura em sua diversidade. No palco principal, o evento recebe o grupo Som A+, o coletivo Pé de Cerrado, a trupe cênica-musical Matrakaberta e a tradicional quadrilha Chinelo de Couro, encerrando o evento com muita música, dança e emoção.
As homenagens às mulheres nordestinas também se estenderão à cenografia, aos figurinos das quadrilhas e à própria identidade visual da festa, transformando o espaço em uma grande homenagem viva à cultura popular. “Esse tema é uma escolha política e afetiva. São as mulheres que fazem a festa acontecer. Elas organizam, ensaiam, bordam, cozinham, dançam e tocam. Sem elas, não há São João”, reforça Miguel.