DELÍRIOS

Quando tudo parece muito parado, começam a surgir as ideias mirabolantes dos nossos magos de plantão, sempre aparece uma novidade maior e mais fantasiosa que a outra. Parece um grande delírio de alguém visando apenas angariar votos, mesmo sabendo que o GDF não tem nem dinheiro pra honrar os pagamentos dos fornecedores, funcionários e as demais despesas de governo, surgem essas fantasias insanas.
Um cidadão anda com a história da carochinha de construir dois hospitais aqui no Guará. Chamo aqui de conto da carochinha pra não dizer um grande delírio de uma mente que não sabe mais o que inventar para tentar, quem sabe, uma vaga federal nas próximas eleições.
Todos sabemos que a construção de mais um hospital na rede pública ao custo astronômico de cerca de 450 milhões, preços de hoje, mas ao final de quatro anos de governo, se essa idiotice fosse adiante, alcançaria provavelmente o triplo do preço, que para atual conjuntura é um absurdo.
Basta ver que já estão passando adiante os principais hospitais da rede pública, transformando o Instituto Hospital de Base – IHBDF, em Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal – IGESDF que passará a incorporar gradativamente todas as unidades de saúde, atingindo todo o sistema, achando que talvez seja uma solução milagrosa, tudo sem antes pensar em resolver realmente os graves problemas no sistema de saúde do DF.
Isso é claro encheria de felicidade o coração e o bolso de financiadores de campanha, que sempre aparecem nessas horas como salvadores da pátria, pode investigar que essa brincadeira provavelmente já tem nome e endereço.
Não vejo ninguém pensando na melhora de atendimento da rede hospitalar, pois a palavra mágica agora é entregar. Sim, entregar pra iniciativa privada, que nada faz sem pensar nos lucros que poderão usufruir, mesmo que isso custe o lombo do contribuinte, que já não aguenta mais ser escorchado de maneira tão aviltante, chega a ser um acinte.
A população tem que ficar de olho nesses aprendizes de feiticeiro que a cada hora aparecem com uma mágica diferente, mesmo que isso custe a bancarrota do Estado, que o povo a duras penas sustenta.