Paralisadas desde setembro de 2016, as obras de reforma do Estádio do Cave serão retomadas na próxima semana com previsão de serem concluídas em seis meses. De acordo com a Secretaria de Esporte e Lazer e a Novacap, os ajustes no projeto foram concluídos e a empreiteira comunicada para reiniciar os serviços.
Depois de informações desencontradas e certo mistério sobre os reais motivos da paralisação, somente agora é que os dois órgãos explicam o que de fato aconteceu. Segundo o engenheiro Roberto Barreto, da Secretaria de Esporte e Lazer, responsável pelo acompanhamento da obra, assim que o gramado e as estruturas dos vestiários e parte administrativa ficaram prontos, foram detectadas falhas nos projetos de instalações elétricas e hidráulicas e nos cálculos estruturais.
Por causa das falhas observadas, o projeto teve que ser refeito, mas como envolviam também recursos federais, as alterações tiveram que ter a anuência do Ministério do Esporte e Turismo, financiador de 80% da reforma, com recursos da Caixa Econômica Federal.
Quando a obra foi interrompida, a reportagem do Jornal do Guará tentou saber os motivos, mas nem a Novacap nem a Secretaria de Esporte quis dar informações, ou deram informações vagas.
Ficaria pronto em 2016
Prevista para ser concluída até o final de outubro de 2016, a obra foi interrompida em agosto, quando estavam prontos o gramado e as estacas estruturais do vestiário e da parte administrativa. A empreiteira Construtec Engenharia tinha recebido R$ 449 mil pelo serviço feito.
A obra foi contratada por R$ 7 milhões e 191 mil, 80% com recursos da União e 20% do GDF, porque o estádio iria receber treinamento de seleções de futebol que jogariam em Brasília pelas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Inicialmente, deveria ser entregue apenas o gramado até o final de junho, no padrão do gramado do estádio Mané Garrincha conforme exigência do Comitê Olímpico Internacional, o que de fato aconteceu. Mas, por causa da forte estiagem nesta época do ano no DF, o gramado não ficou com a qualidade esperada e foi rechaçado pelo COI, porque os pisos do estádio Bezerrão e do Centro de Treinamento do Corpo de Bombeiros estavam em melhores condições.