A empresária Paula Belmonte, candidata a deputada federal, chega em sua primeira eleição com vontade de fazer diferente. O rótulo de “rouba, mas faz”, carregado por políticos tradicionais, precisa ficar no passado, de acordo com ela, com mais responsabilidade com o dinheiro público e profissionalismo na gestão pública. Para Paula, realizar e dar respostas às demandas da população é uma forma de retomar a credibilidade do parlamento e da classe política.
“A indignação é um sentimento que atingiu a população em cheio. Mas a reação certa deve ser nas urnas. O eleitor precisa vestir a camisa da renovação política e apostar em nomes que se colocaram para mudar de verdade”, disse.
Propostas
De acordo com Paula Belmonte, a mudança tem a ver com combater privilégios da classe política. Com melhor gestão e rigor na fiscalização, seria possível dar mais atenção a áreas prioritárias. “Um deputado precisa estar atento e saber como o dinheiro dos impostos é gasto. Até porque não existe verba pública, mas sim do contribuinte. Falta responsabilidade para administrar e o parlamento tem que dar a resposta e o exemplo. Chega de ‘rouba, mas faz”, afirmou.
Paula critica a inversão de prioridades daqueles que estão no poder. “Uma creche custa pouco mais de R$ 2 milhões, enquanto cada dia do Congresso Nacional tira R$ 28 milhões dos cofres públicos. Temos mais de 20 mil crianças fora da educação infantil por falta de vagas. Essa conta não fecha”.
Além da educação, a candidata a deputada federal levanta as bandeiras da reforma tributária e do incentivo ao empreendedorismo. Para Paula, são temas que podem resolver problemas estruturais do Brasil. “A violência tem muito a ver com a falta de empregos e de qualificação profissional. Com escola de qualidade, teremos menos adolescentes seduzidos pelo tráfico de drogas. Dar educação e emprego é levar dignidade às pessoas. É um investimento que faremos para ter um país melhor”, propõe.
Violência doméstica
Oferecer mais oportunidades, também se pode combater um problema presente nos lares brasileiros, a violência doméstica. Com mais independência, a mulher não precisa se sujeitar a agressores. E é nessa situação que entra a maior oferta de vagas de creche como uma ferramenta importante.
“É preciso criar todo um ambiente de geração de emprego e renda. A mãe que não tem onde deixar o filho não volta ao mercado de trabalho e fica dependente. É um ciclo que se fecha quando pensamos nas políticas públicas interligadas”, afirmou.
Apesar de 12 anos de Lei Maria da Penha, as agressões contra mulheres continuam alarmantes. Nas últimas semanas, o Distrito Federal viu casos de maridos que mataram as próprias esposas. Para Paula Belmonte, são sinais claros de que é necessário de propor uma reflexão.